terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O artista russo Nikita rua Nomerz transforma prédios abandonados em faces. "Eu fui chamado de artista underground, mas se você está fazendo arte de rua não tenho subterrâneo. Você já está na mente de todos, mesmo se você pintar em lixo abandonado e apenas um par de pessoas desabrigadas ver o seu trabalho. Ele é arte pública. Seria bom se as pessoas começaram a prestar mais atenção ao que está ao nosso redor. "


matéria sobre a obra do Artista em jornal local.


http://saraguato.wordpress.com/2012/02/23/nikita-nomerz-e-seus-muros-grafitados-que-tudo-veem/


http://nomerz.blogspot.com/

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

CARNAVAL REVOLUÇÃO!!

Leia fanzines! Faz bem pra cabeça!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

ALEX PREGO

Não é Só Mais Um Zine Prego

By Bruno B. Soraggi

Por Yuri Moraes. Prego #5.
A Prego não é só mais um zine de quadrinhos. O próprio criador e editor Alex Vieira (formado em Artes Visuais e integrante do Merda, lá de Vila Velha) prefere não chamar assim. Talvez porque também veicule entrevistas, além de fotos e colagens -- nas palavras dele, "uma mescla de diferentes formas de artes visuais". Ou talvez porque desde 2007, quando o #1 foi às ruas e logo esgotou, ele tenha elevado o level do jogo. Isso quer dizer que a essência de qualquer zine ainda tá lá -- as páginas cheiram à tinta (preta) e a tosquice anti-careta manda lembranças --, só que com todo um cuidado gráfico que a evoluem pra uma Revista, e de curadoria escolhida "a dedo". Um "empreendimento" mais que uma molecagem. Merece ser levada pros abrigos quando rolar o tal "blackout mundial" -- e ele até já pensou nisso.

Capa por Cezar Berje
Pega por exemplo a #5, a Edição Sonora, que saiu ano passado. O papel tá delicioso de manusear e o encarte tá bem mais bonito. Fora que tem colaboração de gente da laia do Diego Gerlach e do ETE. E essa foi só a primeira de uma sequência de edições temáticas que vai obedecer à tríade sexo, drogas & rock'n'roll, mas realmente ao contrário. Pra logo mais já estão programadas a Edição Drogada e Edição Fudida, respectivamente nos anos de 2012 e 2013 -- e ele também pensa em lançar uma edição #0, "baseada na precariedade". Tudo pago por ele próprio, porque claro que é independente. A saber, já é impossível conseguir os dois primeiros volumes, que antes de relançar ele prefere trabalhar em novos. Então se você os tiver em mãos é uma boa guardar. Ou tirar um dinheirinho, dependendo da sua "sagacidade".

Capas dos quatro primeiros números
VICE: Conta um pouco da história da Prego. Por que resolveu criar uma revista como essa?
Alex: A Prego foi uma alternativa que resolvi criar para sair da mesmice que me encontrava nas bandas em que tocava. Já estava um pouco cansado de como as coisas eram conduzidas e de como os materiais e produções ficavam circulando sempre entre as mesmas pessoas dentro do punk. Quis ampliar o alcance do que eu fazia para fora desse ciclo, mas usando as influências que tenho do faça-você-mesmo e da distribuição independente. Ela vem do punk, mas pode atingir qualquer pessoa interessada em artes visuais.
Pelo que vi das edições #3 e #4 pra #5, ela foi ficando mais bonita, melhor acabada... Fora que as entrevistas são bem editadas, sem erros ou tosquices comuns aos zines. 
Sempre quis melhorar a cada edição, a cada número a revista foi ganhando conteúdo e melhorando. Fico feliz em perceber que o que eu achava legal em 2007 já não supre meus interesses em 2012, mas ainda assim tem algo daquela época que me faz repensar o que vou fazer hoje. Eu evito dizer que a Prego seja um fanzine, apesar de carregar muitas características de tais publicações. É uma revista que mescla quadrinhos com as diferentes formas de artes visuais: colagem, pintura, fotografia... Ela tem preferência pela sujeira, pelas fotocópias, pelo esquisito, pelo ruído, pelo traço torto manual e pelos trabalhos autorais, mas, mesmo assim, acredito que seja mais que uma publicação de arte. É um projeto mutante que pode aparecer em diversas manifestações artísticas, seja nos quadrinhos, na música, no cinema ou em qualquer outro suporte.

Colagem por Wamberto Silva. Prego #5
Entendi.
Em 2007 eram poucas as publicações independentes no Brasil, e 93,25% das revistas que tratavam do tema quadrinhos underground eram voltadas para o humor. Nunca quis fazer uma revista de humor, quis fazer uma publicação que focasse na experimentação gráfica, que usufruísse da sujeira estética que o preto e branco proporcionam. Estava rodeado de gente talentosa que não publicava em nada. Então, além de poder publicar meus próprios materiais, estava prestes a criar um espaço pra que outras pessoas legais também pudessem ter seus trabalhos publicados. Fora que eu queria ter uma revista impressa. Pra quem desenha, ver o material impresso tem outro significado. É muito diferente de ver o material na tela do computador (apesar de eu não anular as publicações virtuais), dá a impressão de que a coisa realmente existe no mundo, saca? Sempre penso que se rolar um blackout mundial, as revistas estarão espalhadas por aí.
E como funciona a relação com os colaboradores? 
Desde a número 1 escolhi os colaboradores a dedo. Eram amigos ou pessoas com que já tinha algum contato devido ao punk e já sábia do pontencial artístico deles. A partir da número três, criei uma espécie de convocatória para novos colaboradores, o que gerou o aparecimento de inúmeros artistas interessados em publicar na Prego. Atualmente, as pessoas me escrevem dizendo curtir a proposta da revista e que gostariam de publicar nela. Sou fissurado em ver novos trabalhos e, às vezes, entro em contato diretamente com algum artista que o trabalho tem a ver com a Prego, como foi o caso do Cezar Berje, que fez a última capa.
Eles recebem pra publicar na revista?
Não trato de dinheiro com os artistas, não há uma relação empregatícia entre a revista e eles. É algo como uma idéia que precisa de força. Tipo "se você tá a fim e acredita na idéia, entre no barco”. Tambem não há uma relação de editor filho-da-puta com os artistas, dou liberdade pra eles trabalharem, pois a maior parte das pessoas que se propoem a participar da Prego já sabem o tipo de coisa que queremos publicar e, com certeza, é algo que muitos não conseguiriam publicar em outros meios de comunicação – por diversos motivos, como, a 'caretíce' editorial que reina por aí. Mas é claro que rola uma curadoria e uma edição em tudo que é publicado, não entra qualquer coisa.

"Saudade", por Gabriel Goés. Prego #3

Fora isso, a Prego também se envolve em outros projetos, não?
A Prego tambem funciona como uma espécie de editora que intitulei como Prego Publicações e, esporadicamente, lança publicações relacionadas aos nossos colaboradores. Até hoje foram lançados: Ataque Fotocópia, Alex Vieira; Gente Feia na TV #1, Chico Felix; Split CD Morto Pela Escola/Naifa; Versão Alterada, Julio Tigre; Vulgar Manual, Guido Imbroisi; Ano do Bumerangue, Diego Gerlach; Quadro Negro Verde, Guido Imbroisi. E também participamos de algumas exposições, eventos e outras publicações relacionadas a artes visuais/quadrinhos no Brasil e no exterior.
Você apresentou a Prego numa feira em Portugal. Como foi lá? Impossível voltar daquele país sem uma história engraçada.
Participei da 19ª Feira Laica, que é uma feira de arte e publicações independentes organizada pela Associação Chili Com Carne. Fui muito bem recebido pelo Marcos Farrajota (que participou da Prego #5 e foi meu anfitrião), pela galera da Chili e pelos artistas que estavam na feira. Eu realmente tenho muitas histórias engraçadas dessa viagem, a começar pelo cara que colocou gasolina ao invés de gasóleo no carro quando seguíamos para Porto – ele nos fez parar na autoestrada por algumas horas, na chuva, esperando resgate da seguradora. Também vi shows de bandas legais, fiquei bêbado de vinho, comi muito bem e conheci gente de muitos lugares da Europa que se interessou pelo nosso trabalho (Portugal, Espanha, Eslovênia, Itália, França, Finlândia...). Sair da noite do Porto e se deparar com gaivotas brancas na rua ao invés de pombos podres foi bem legal também.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

II UGRA ZINE FEST

Senhoras e Senhores, o maior evento sideral de zines!!!

domingo, 5 de fevereiro de 2012