sábado, 25 de julho de 2015

CARNE DE SEGUNDA: BURLESQUE MEAT SHOW


O elenco de Carne de Segunda - Burlesque Meat Show conta com ningém menos que as estrelas burlescas internacionais Dirty Martini e Julie Atlas Muz, além de Miss G (uma das organizadoras do primeiro festival de Burlesco do Brasil) e a drag queen carioca Aretha Sadick. Esse show é uma pré-estreia em forma de comemoração, um presente aos cariocas no palco do Teatro Rival. A trupe divide com o público local esse processo que foi realizado metade em Nova York e metade no Rio de Janeiro, antes de partir para São Paulo, onde o projeto estreia no Intituto Itaú Cultural. O espetáculo é todo embalado ao som das pickups do DJ Machintal, que garante o tom festivo do evento. Ao final do espetáculo, DJ Machintal assume o comando da noite com seus grooves e vinis afiados.

SINOPSE DO ESPETÁCULO

O que vem na sua cabeça quando se fala de burlesco? Se você pensou em uma mulher com roupas vintage, plumas e lingerie fazendo um striptease, você pode se surpreender! A história do burlesco é uma história de mulheres, freaks e marginais, de artistas underground que formam uma espécie de lado B e subterrâneo das artes cênicas, questionando padrões de beleza e de comportamento. O que esperar então quando duas grandes artistas burlescas de Nova York - cidade berço do chamado new burlesque - se reúnem para criar um espetáculo junto com uma artista do Brasil - país da antropofagia e do carnaval? O que esse trio teria a dizer ao mundo, hoje? Giorgia Conceição - aka Miss G - convida Julie Atlas Muz e Miss Dirty Martini para criar e compartilhar essa cena provocativa e sedutora. Nesse encontro transamericano, multicultural, de corpos imoderados e extravagantes, as artistas falam de amor, programas de televisão, sacrifícios humanos, pelos pubianos, vacas em revolta, nacionalismo e bruxaria, sempre com humor e ironia. Se a performance burlesca ainda é pouco conhecida em terras brasileiras, ela não é totalmente estranha a nós: o teatro de revista, as vedetes e muitas marchinhas famosas do carnaval surgiram num Brasil de outro século, mas ainda permanecem em nosso imaginário. A leitura contemporânea dessas referências vem à baila com a performance ao vivo do DJ Sandro Machintal, fazendo a mixagem dos sons ao vivo com seus toca-discos no palco, e a Mestre de Cerimônias - a drag queen carioca Aretha Sadick. O espetáculo Carne de Segunda: Burlesque Meat Show traz um mix de referências, repaginando a revista brasileira e o new burlesque americano em um trabalho inusitado e irreverente.
Carne de Segunda: Burlesque Meat Show faz parte do projeto Burla: divergências, contrastes e outros carnavais, de Giorgia Conceição, aprovado no programa Rumos Itaú Cultural, e que incluiu também uma residência artística em Nova York (em abril e maio de 2015), a realização do curta-metragem Burla (previsão de lançamento no primeiro trimestre de 2016), e o lançamento de um site dedicado ao burlesco brasileiro, conectando artistas de todo o país.

O show está sendo criado pelas burlescas num processo de residência artística, no qual a equipe se reúne num local para criação intensiva. A residência de criação de Carne de Segunda - Burlesque Meat Show está sendo realizada em duas etapas: a primeira foi em Nova York, em abril e maio deste ano, e incluiu ensaios e uma apresentação no palco do Slliper Room, em Manhattan; e outra, prestes a ser realizada no Rio de Janeiro, em agosto. Após uma pré-estreia na cidade, o espetáculo segue para São Paulo, onde fará três sessões no teatro do Itaú Cultural. Todo esse processo está sendo documentado e fará parte do filme Burla, que será lançado no primeiro semestre de 2016.


Duração do espetáculo: 75 minutos
Classificação etária: 16 anos

FICHA TÉCNICA

Concepção e Direção Geral: Giorgia Conceição a.k.a Miss G
Criação: Dirty Martini, Julie Atlas Muz e Miss G.
Mestre de Cerimônias: Aretha Sadick
Produção e Performance Musical: DJ Machintal
Iluminação e Direção Técnica: Lara Cunha
Direção de Vídeo: Mariana Bley
Direção de Produção e Assistência de Direção: Henrique Saidel
Assistência de Produção: Lara Cunha e Zaba Azevedo



MINIBIOGRAFIAS DA EQUIPE DO PROJETO

Em cena:

MISS G. a.k.a. Giorgia Conceição

Artista burlesca, performer, pesquisadora, diretora teatral. Iniciou suas pesquisas com burlesco em 2007, mas sua estreia nesse campo viria a ser em 2009, com o espetáculo multimídia Burlescas, da Companhia Silenciosa, do qual era uma das diretoras, roteiristas e performers (o espetáculo participou do até então único evento de Burlesco que acontecera no Brasil, o Variante Burlesca, promovido pelo SESC Ribeirão Preto, em fevereiro de 2011). É uma das entusiastas do gênero no país, focando seus esforços, pesquisas e realizações para esta área. Seu estilo é provocativo, caracterizado pela abordagem e revisão de temas da cultura brasileira, como a antropofagia, o multiculturalismo, as religiões afrobrasileiras, a música funk, o technobrega. A ironia, o humor e a burla dos estereótipos do corpo feminino e brasileiro, quase sempre baseados em padrões do tipo exportação. É Mestre em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia, onde desenvolveu como bolsista Capes a pesquisa intitulada A Burla do Corpo: estratégias e políticas de criação. Em 2014, foi aprovada pelo novo Programa Rumos Itaú Cultural, com o projeto Burla: divergências, contrastes e outros carnavais, para a realização de ações múltiplas em torno do tema (burla, burla do corpo, burlesco e cultura brasileira). Em outras edições do Programa Rumos, fora contemplada nas edições Rumos Dança – carteira de Videodança (2009/2011) e Rumos Teatro (2011/2013), com os trabalhos Simpatia Full Time e Salsichão no Boquerão/Tainha na Prainha, respectivamente. É uma das organizadoras e curadoras do Yes, nós temos Burlesco!, festival pioneiro do gênero no Brasil, que teve sua primeira edição em abril de 2015, no Rio de Janeiro.

JULIE ATLAS MUZ

Julie Atlas Muz, uma das artistas e coreógrafas conceituais mais aclamadas e prolíficas em Nova York, perfura as fronteiras entre performance art, dança e burlesco com performances obscuras e sedutoras, que têm garantido seu lugar no submundo da vida noturna, bem como no mundo da arte. Em qualquer noite de Nova York, você pode ver Julie Atlas Muz arrancando seus trajes estranhos, coberta de sangue falso, no porão de um bar gay ou em qualquer outro lugar com acesso público, sempre expressando o seu obsceno, irreverente e inesperado senso de humor.
Julie apresentou seus trabalhos em espaços como P.S. 122, HERE, A Performing Garage and Art at St. Anne Warehouse, Chashama, LaMama, The Kitchen, e Dixon Place. Nas madrugadas de Nova York, você pode ver Julie Atlas Muz performar regularmente em lugares como Galápagos, The Slipper Room, The VaVaVoom Room, Box, The Coral Room, The Marquis, Mo'Pitkins House of Satisfaction e Rififfi, dentre outros. Julie foi premiada como Artista-Residente em Chashama (2002), Joyce Soho (2001), Mondo Conne Artist-in-Residence at Dixon Place (2000) e Movement Research Artist-in-Residence (1998-1999); e como Artista na Whitney Biennial (2004) e na Bienal de Valencia (2005). Verdadeira geminiana, Julie teve a honra de trabalhar com uma grande variedade de artistas com diferentes capacidades. Destaca-se o trabalho teatral com crianças no Pink Inc., Chashama, Hudson River Park Conservancy. No cinema, Julie trabalhou com Wallace Shawn, Greg Pak, Steve Staso, Michael Moore, Pavol Liska, tendo participado também da série Law and Order, como uma dançarina erótica. Julie dançou para premiados coreógrafos Sarah Michelson, Sally Silvers, Cydney Wilkes e outros.

DIRTY MARTINI

Chamada de “a definição de burlesco”, Miss Dirty Martini é uma das personalidades mais celebradas do universo new burlesque. Dirty Martini liderou a revolução do new burlesque em Nova York, com seu físico extravagante e sua formação em dança clássica, trazendo o glamour vintage para o século XXI. Trabalhou com Karl Lagerfeld e Dita VonTeese, e foi eleita “performer burlesca número um” por 4 anos consecutivos. Favorita das artistas burlescas dos anos 40 e 50, Dirty Martini tornou-se uma celebridade underground e atração principal nos EUA e em outros países, apresentando-se em diversos festivais internacionais. Eleita The Reigning Queen of Burlesque – Miss Exotic World 2004, Miss Martini está no Burlesque Hall of Fame, em Las Vegas. Já ministrou workshops em Nova York, Atlanta, Seattle, Toronto, Paris, Londres, dentre outras cidades. Estrelou os documentários “Dirty Martini and the New Burlesque”, dirigido por Gary Beeber e “Exposed”, de Beth B.
Atualmente, Dirty faz turnê mundial com o “Cabaret New Burlesque”, que ganhou destaque com o filme “Tournée” (2010), dirigido por Mathieu Amalric (Vencedor da Palma de Ouro de Melhor Diretor, em Cannes; e do Prêmio Internacional da Crítica, em Paris).  

ROBSON ROZZA A.K.A ARETHA SADICK

Durante o dia, Robson Rozza trabalha como arte-educador e desenvolve há 10 anos uma pesquisa que propõe uma bricolage entre as suas áreas de estudo, propondo também figurinos para espetáculos Teatrais, Desfiles e Stylist de Moda. Quase de madrugada, surge como Aretha Sadick, uma figura/persona/alter - ego vadia e sádicka, que atualmente transforma-se em Drag queen com nome inspirado na cantora Aretha Franklin e aspirações no universo do sadismo. Em suas performances, Aretha Sadick propõe uma discussão conceitual e politizada sobres os temas de gênero, identidade negra e os temas relacionados à marginalidade, como na intitulada "Vamos Falar Sobre Isso?" na qual realiza um happening em que despe-se diante do público realizando uma contação de sua própria história em relação com teóricos, antropólogos e estudiosos das questões de gênero no mundo, para o evento Super Humanos/KAAOBI (KOLOR) 2015. Por meio do seu trabalho, Robson Rozza apresenta Aretha Sadick ao mundo no intuito de criar novas conexões e noções de realidade, pois, como costumam dizer "entre x e y existe uma pohada de coisas; e somos nós". Aretha Sadick surge como ícone queer do Brasil, pondo abaixo estereótipos, clichês e cafonice. Reflexo de suas ações de empoderamento no ano de 2015 se torna Cover Girl do Caderno Ella/O Globo (ed.07/03/2015) em matéria sobre as "Neo Drags" cariocas; INFLUENCIADORES/RIOetc. (ed. 08/05/2015) , desfila para o estilista Fernando Cozendey/Casa de Criadores Verão 2016 e Artista Drag no coletivo "DRAG-SE"; websérie exibida semanalmente no youtube, produção SUMA filmes, sendo Contemplada na última edição do concurso "Drag Contest" (SP) com o título de1º Princesa Drag Contest.

DJ MACHINTAL

DJ, Produtor Musical e Remixer, apaixonado pelo "diggin", criativo, técnico e inusitado. Desde os meados dos anos 90 que esse carioca se aprofunda no universo dos toca discos, descobrindo a Cultura Hip Hop através do Skate, e consequentemente através dela a produção musical. Seja fazendo festas, acompanhando outros artistas, tocando em rodas de break, ou mesmo produzindo, seu som sempre tem como característica principal o "groove" transitando entre Funk/Soul, Rap, Breakbeat, Eletrônica e os Ritmos Brasileiros sempre utilizando os toca-discos como ferramenta principal, sua apresentação une técnica, criatividade e bom gosto! Para mais infos, mixtapes, tracks, remixes, acesse: http://djmachintal.wordpress.com e https://djmachintal.wordpress.com/about/.


quinta-feira, 23 de julho de 2015

FANZINE PROFANO!!



Fantástico Fanzine de Quadrinho Profano! Feito pelos gênios Larissa Rocha e Bruno Kros. Contato: kroskroskros@gmail.com

VISÕES DE UM BRASIL MODERNO NO CCC


sexta-feira, 10 de julho de 2015

OCUPA ROCK!

Ocupa Rock - Direitos Humanos e Música pelo Dia Mundial do Rock.

Para comemorar o Dia Mundial do Rock de uma forma politizada, a Cidadela Cultural Antárctica recebe neste domingo (12), a primeira edição do Ocupa Rock. O evento é organizado por várias entidades e movimentos sociais e contará com seis bandas, dois palcos, bancas e exposições artísticas. A entrada é gratuita e os shows começarão a partir das 15 horas.

Com a intenção de promover debates sobre um cenário anti-racista, anti-fascista, anti-machista e pró LGBT, movimentos sociais e entidades de Joinville farão neste domingo debates, falas e atividades culturais na Cidadela Cultural Antárctica. Serão dois palcos, um dentro da Associação dos Artistas Plásticos de Joinville e outro no espaço externo. O evento também contará com exposições artísticas e intervenções.

A iniciativa, que já conta com uma estimativa de mil pessoas, é construída de forma comunitária e cooperativa, então quem tiver interesse em expor artesanato, montar bancas ou produzir algum tipo apresentação ou performance pode entrar em contato com a organização através da página oficial no Facebook.

Serviço:

Bandas:
Andarilhos Atormentados (rock nacional/autoral)
Rock a Queima Roupa (rock/grunge)
Mad Dorothys (HC/alternativo)
Bloody Mary Una Chica Band (SP) (rock alternativo)
Workstinks (rock anos 90/2000)
Banda Miopia (funk/rock)
Dj Sergio Paralelo
+ Exposições artísticas
+ Bancas

Data: 12 de julho
Local: Cidadela Cultural Antarctica
Horário: a partir das 15h
Entrada Gratuita