Matéria completa aqui:“(...)Eu sei que assusta, passei por isso várias vezes. Sou estudante de História das Artes e logo no primeiro período tive que apresentar um seminário sobre um determinado texto. Só que a única diferença é que na Universidade onde estudo, tive que defender meu entendimento sobre um texto que li há pouco tempo para um pessoal que tinha certa linguagem acadêmica antes mesmo de estarem lá por possuírem um capital cultural herdado (assunto esse que discutirei no seminário), ao contrário de mim que venho do subúrbio, da periferia. A vantagem de vocês é que defenderão seus próprios trabalhos para uma galera que fala e entende a nossa linguagem.
Mas nossa obrigação não termina aqui. Temos que levar nossa poesis não só a periferia. Temos que fazer ouvir em todas as classes sociais nosso grito, nossa arte e fazê-los sim, não só entender como participar dessa pluralidade que é a cultura do asfalto, dos morros, dos subúrbios, das baixadas, do interior, etc. Esta é a nossa contraindicação a toda essa violência urbana que já atingiu todos os níveis sociais. (grifo nosso)
Esse é um dos objetivos da UQ: mostrar que é possível sim. Que estamos aqui para manter este diálogo começando pela academia. Mas para isso, a comunicação terá que ser recíproca. Para que possamos nos fazer entender é preciso nos permitir entender.”
VALEU!
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