terça-feira, 28 de junho de 2011

FORÇA E A DOENÇA DE AGRADAR


Disease to Please ou em nosso idioma Doença de Agradar.
O politicamente correto, o voto e o alistamento obrigatório, os relacionamentos de fachada, os empregos que não traduzem nossas expectativas, a maça para a professora, a moda como ditadura de costumes, a mudança de hábitos e gostos musicais por conta de um “grande” amor, a arte usada para combinar com o sofá, o sorriso amarelo em festa sem graça, a violência como gesto de aceitação em grupos extremistas que lutam por causa alguma, a fé a serviço do dinheiro e da cachaça ou da cura de nossos antigos pecados, a prostituição de nossos valores.
Essa coisa do agradar a todo momento é algo que realmente me incomoda. Não consigo confiar em quem tem a cara do coringa, aquele sorrisão escancarado no rosto. Não acredito que exista pessoas que gostam de tudo. Tudo é muito loco, maneiro, legal ? Não, definitivamente não é. E assim como a morte é uma verdade absoluta, pessoas que gostam de tudo também não existem e se alguém apresentar este sintoma, acredite, ela está mentindo.
O grande barato da vida é exercitar o viver coletivamente com a soma das diferenças. Todo homem é um ser complexo e não deveria viver anestesiado sem opnião pra maioria das coisas vitais.
Este post complementa outro que fiz bem no início do blog que tinha um trecho da entrevista do jornalista americano Nick Tosches, autor do livro “A última casa de ópio”. Este é o trecho da entrevista que destaco :
“Perdemos o maior prazer de todos que é o prazer de sermos nós mesmos. O amor pelo dinheiro, se tornar um rato numa cultura guiada pelo consumo destes tempos, faz de nós fraudes. Quando passamos a maior parte de nossas horas acordadas num trabalho, fingindo que gostamos do trabalho, fingindo que gostamos de nosso chefe, fingindo que estamos interessados no nosso trabalho, então o fingimento torna-se um estilo de vida. Nos tornamos o que T.S. Eliot chamava de “homens ocos”. Quase tudo que consumimos, quase tudo que compramos, é placebo. Esses produtos de uma cultura consumista vazia é que são as verdadeiras drogas perigosas. Nossa “guerra contra as drogas” devia ser contra essas coisas.”
RETIRADO DO: http://strongcafein.wordpress.com/

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