O
elenco de Carne de Segunda - Burlesque Meat Show conta com ningém menos que as
estrelas burlescas internacionais Dirty Martini e Julie Atlas Muz, além de Miss
G (uma das organizadoras do primeiro festival de Burlesco do Brasil) e a drag
queen carioca Aretha Sadick. Esse show é uma pré-estreia em forma de
comemoração, um presente aos cariocas no palco do Teatro Rival. A trupe divide
com o público local esse processo que foi realizado metade em Nova York e
metade no Rio de Janeiro, antes de partir para São Paulo, onde o projeto
estreia no Intituto Itaú Cultural. O espetáculo é todo embalado ao som das
pickups do DJ Machintal, que garante o tom festivo do evento. Ao final do
espetáculo, DJ Machintal assume o comando da noite com seus grooves e vinis
afiados.
SINOPSE DO ESPETÁCULO
O que vem na sua cabeça quando se fala de burlesco? Se você
pensou em uma mulher com roupas vintage, plumas e lingerie fazendo um
striptease, você pode se surpreender! A história do burlesco é uma história de
mulheres, freaks
e
marginais, de artistas underground
que
formam uma espécie de lado B e subterrâneo das artes cênicas, questionando
padrões de beleza e de comportamento. O que esperar então quando duas grandes
artistas burlescas de Nova York - cidade berço do chamado new burlesque - se reúnem para criar um espetáculo
junto com uma artista do Brasil - país da antropofagia e do carnaval? O que
esse trio teria a dizer ao mundo, hoje? Giorgia Conceição - aka Miss G -
convida Julie Atlas Muz e Miss Dirty Martini para criar e compartilhar essa
cena provocativa e sedutora. Nesse encontro transamericano, multicultural, de
corpos imoderados e extravagantes, as artistas falam de amor, programas de
televisão, sacrifícios humanos, pelos pubianos, vacas em revolta, nacionalismo
e bruxaria, sempre com humor e ironia. Se a performance burlesca ainda é pouco
conhecida em terras brasileiras, ela não é totalmente estranha a nós: o teatro
de revista, as vedetes e muitas marchinhas famosas do carnaval surgiram num
Brasil de outro século, mas ainda permanecem em nosso imaginário. A leitura
contemporânea dessas referências vem à baila com a performance ao vivo do DJ
Sandro Machintal, fazendo a mixagem dos sons ao vivo com seus toca-discos no
palco, e a Mestre de Cerimônias - a drag queen carioca Aretha Sadick. O
espetáculo Carne de Segunda:
Burlesque Meat Show traz um mix de referências,
repaginando a revista brasileira e o new
burlesque americano em um trabalho inusitado e irreverente.
Carne de Segunda:
Burlesque Meat Show faz parte do projeto Burla: divergências, contrastes e outros
carnavais, de Giorgia Conceição, aprovado no programa Rumos Itaú Cultural,
e que incluiu também uma residência artística em Nova York (em abril e maio de
2015), a realização do curta-metragem Burla
(previsão de lançamento no primeiro trimestre de 2016), e o lançamento de
um site dedicado ao burlesco brasileiro, conectando artistas de todo o país.
O show está sendo criado pelas burlescas num processo de
residência artística, no qual a equipe se reúne num local para criação
intensiva. A residência de criação de Carne
de Segunda - Burlesque Meat Show está sendo realizada em duas etapas: a
primeira foi em Nova York, em abril e maio deste ano, e incluiu ensaios e uma
apresentação no palco do Slliper Room, em Manhattan; e outra, prestes a ser
realizada no Rio de Janeiro, em agosto. Após uma pré-estreia na cidade, o
espetáculo segue para São Paulo, onde fará três sessões no teatro do Itaú
Cultural. Todo esse processo está sendo documentado e fará parte do filme Burla, que será lançado no primeiro
semestre de 2016.
Duração do espetáculo: 75 minutos
Classificação etária: 16 anos
FICHA TÉCNICA
Concepção e Direção Geral: Giorgia Conceição a.k.a Miss G
Criação: Dirty Martini, Julie Atlas Muz e Miss G.
Mestre de Cerimônias: Aretha Sadick
Produção e Performance Musical: DJ Machintal
Iluminação e Direção Técnica: Lara Cunha
Direção de Vídeo: Mariana Bley
Direção de Produção e Assistência de Direção: Henrique
Saidel
Assistência de Produção: Lara Cunha e Zaba Azevedo
MINIBIOGRAFIAS DA EQUIPE DO PROJETO
Em cena:
MISS G. a.k.a. Giorgia Conceição
Artista burlesca, performer, pesquisadora, diretora
teatral. Iniciou suas pesquisas com burlesco em 2007, mas sua estreia nesse
campo viria a ser em 2009, com o espetáculo multimídia Burlescas, da Companhia Silenciosa, do qual era uma das diretoras,
roteiristas e performers (o espetáculo participou do até então único evento de
Burlesco que acontecera no Brasil, o Variante Burlesca, promovido pelo SESC
Ribeirão Preto, em fevereiro de 2011). É uma das entusiastas do gênero no país,
focando seus esforços, pesquisas e realizações para esta área. Seu estilo é
provocativo, caracterizado pela abordagem e revisão de temas da cultura
brasileira, como a antropofagia, o multiculturalismo, as religiões
afrobrasileiras, a música funk, o technobrega. A ironia, o humor e a burla dos
estereótipos do corpo feminino e brasileiro, quase sempre baseados em padrões
do tipo exportação. É Mestre em Artes Cênicas pela Universidade Federal da
Bahia, onde desenvolveu como bolsista Capes a pesquisa intitulada A Burla do Corpo: estratégias e políticas de
criação. Em 2014, foi aprovada pelo novo Programa Rumos Itaú Cultural, com
o projeto Burla: divergências, contrastes
e outros carnavais, para a realização de ações múltiplas em torno do tema
(burla, burla do corpo, burlesco e cultura brasileira). Em outras edições do
Programa Rumos, fora contemplada nas edições Rumos Dança – carteira de
Videodança (2009/2011) e Rumos Teatro (2011/2013), com os trabalhos Simpatia Full Time
e
Salsichão no Boquerão/Tainha na Prainha,
respectivamente. É uma das organizadoras e curadoras do Yes, nós temos
Burlesco!, festival pioneiro do gênero no Brasil, que teve sua primeira edição
em abril de 2015, no Rio de Janeiro.
JULIE ATLAS MUZ
Julie Atlas Muz, uma das artistas e coreógrafas conceituais
mais aclamadas e prolíficas em Nova York, perfura as fronteiras entre
performance art, dança e burlesco com performances obscuras e sedutoras, que
têm garantido seu lugar no submundo da vida noturna, bem como no mundo da arte.
Em qualquer noite de Nova York, você pode ver Julie Atlas Muz arrancando seus
trajes estranhos, coberta de sangue falso, no porão de um bar gay ou em
qualquer outro lugar com acesso público, sempre expressando o seu obsceno,
irreverente e inesperado senso de humor.
Julie apresentou seus trabalhos em espaços como P.S. 122,
HERE, A Performing Garage and Art at St. Anne Warehouse, Chashama, LaMama, The
Kitchen, e Dixon Place. Nas madrugadas de Nova York, você pode ver Julie Atlas
Muz performar regularmente em lugares como Galápagos, The Slipper Room, The
VaVaVoom Room, Box, The Coral Room, The Marquis, Mo'Pitkins House of
Satisfaction e Rififfi, dentre outros. Julie foi premiada como
Artista-Residente em Chashama (2002), Joyce Soho (2001), Mondo Conne
Artist-in-Residence at Dixon Place (2000) e Movement Research
Artist-in-Residence (1998-1999); e como Artista na Whitney Biennial (2004) e na
Bienal de Valencia (2005). Verdadeira geminiana, Julie teve a honra de
trabalhar com uma grande variedade de artistas com diferentes capacidades.
Destaca-se o trabalho teatral com crianças no Pink Inc., Chashama, Hudson River
Park Conservancy. No cinema, Julie trabalhou com Wallace Shawn, Greg Pak, Steve
Staso, Michael Moore, Pavol Liska, tendo participado também da série Law and
Order, como uma dançarina erótica. Julie dançou para premiados coreógrafos
Sarah Michelson, Sally Silvers, Cydney Wilkes e outros.
DIRTY MARTINI
Chamada de “a definição de burlesco”, Miss Dirty Martini é
uma das personalidades mais celebradas do universo new burlesque. Dirty Martini
liderou a revolução do new burlesque em Nova York, com seu físico extravagante
e sua formação em dança clássica, trazendo o glamour vintage para o século XXI.
Trabalhou com Karl Lagerfeld e Dita VonTeese, e foi eleita “performer burlesca
número um” por 4 anos consecutivos. Favorita das artistas burlescas dos anos 40
e 50, Dirty Martini tornou-se uma celebridade underground e atração principal
nos EUA e em outros países, apresentando-se em diversos festivais
internacionais. Eleita The Reigning Queen of Burlesque – Miss Exotic World
2004, Miss Martini está no Burlesque Hall of Fame, em Las Vegas. Já ministrou
workshops em Nova York, Atlanta, Seattle, Toronto, Paris, Londres, dentre
outras cidades. Estrelou os documentários “Dirty Martini and the New
Burlesque”, dirigido por Gary Beeber e “Exposed”, de Beth B.
Atualmente, Dirty faz turnê mundial com o “Cabaret New
Burlesque”, que ganhou destaque com o filme “Tournée” (2010), dirigido por
Mathieu Amalric (Vencedor da Palma de Ouro de Melhor Diretor, em Cannes; e do
Prêmio Internacional da Crítica, em Paris).
ROBSON
ROZZA A.K.A ARETHA SADICK
Durante o dia, Robson Rozza trabalha como
arte-educador e desenvolve há 10 anos uma pesquisa que propõe uma bricolage
entre as suas áreas de estudo, propondo também figurinos para espetáculos
Teatrais, Desfiles e Stylist de Moda. Quase de madrugada, surge como Aretha
Sadick, uma figura/persona/alter - ego vadia e sádicka, que atualmente transforma-se
em Drag queen com nome inspirado na cantora Aretha Franklin e aspirações no
universo do sadismo. Em suas performances, Aretha Sadick propõe uma discussão
conceitual e politizada sobres os temas de gênero, identidade negra e os temas
relacionados à marginalidade, como na intitulada "Vamos Falar Sobre Isso?" na qual realiza um happening em
que despe-se diante do público realizando uma contação de sua própria história
em relação com teóricos, antropólogos e estudiosos das questões de gênero no mundo,
para o evento Super Humanos/KAAOBI
(KOLOR) 2015. Por meio do seu trabalho, Robson Rozza apresenta Aretha
Sadick ao mundo no intuito de criar novas conexões e noções de realidade, pois,
como costumam dizer "entre x e y
existe uma pohada de coisas; e somos nós". Aretha Sadick surge como
ícone queer do Brasil, pondo abaixo estereótipos, clichês e cafonice. Reflexo
de suas ações de empoderamento no ano de 2015 se torna Cover Girl do Caderno Ella/O Globo (ed.07/03/2015) em
matéria sobre as "Neo Drags" cariocas; INFLUENCIADORES/RIOetc. (ed. 08/05/2015)
, desfila para o estilista Fernando
Cozendey/Casa de Criadores Verão 2016 e Artista Drag no coletivo "DRAG-SE"; websérie exibida
semanalmente no youtube, produção SUMA filmes, sendo Contemplada na última
edição do concurso "Drag Contest"
(SP) com o título de1º Princesa Drag
Contest.
DJ MACHINTAL
DJ, Produtor Musical e Remixer, apaixonado pelo
"diggin", criativo, técnico e inusitado. Desde os meados dos anos 90
que esse carioca se aprofunda no universo dos toca discos, descobrindo a
Cultura Hip Hop através do Skate, e consequentemente através dela a produção
musical. Seja fazendo festas, acompanhando outros artistas, tocando em rodas de
break, ou mesmo produzindo, seu som sempre tem como característica principal o
"groove" transitando entre Funk/Soul, Rap, Breakbeat, Eletrônica e os
Ritmos Brasileiros sempre utilizando os toca-discos como ferramenta principal,
sua apresentação une técnica, criatividade e bom gosto! Para mais infos,
mixtapes, tracks, remixes, acesse: http://djmachintal.wordpress.com
e
https://djmachintal.wordpress.com/about/.
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