sábado, 5 de outubro de 2013

SÍNTESE e DISTÚRBIO VERBAL

Síntese & Distúrbio Verbal
Buracos Ao Chão [EP Não Oficial]

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Todas as guias das vozes foram registradas na Unidade II da Matrero por Moita e Willian Monteiro. Exeto das faixas 1 e 13, registradas no estúdio Pura Rua por Dö.

Faixas 1, 2, 3, 9 e 10 produzidas por Neto.
Faixas 4, 6, 7, 8 e 11 produzidas por Willian Monteiro.
Faixa 13 produzida por Moita.

Faixa 5: Jacob Miller - Healing Of The Nation.
Faixa 12: Jackie Mitoo - Brain Mark.

Foto por Vinicius Moreira.
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"O EP surgiu da necessidade que temos de nos expressar, a necessidade de falar algo, passar alguma coisa do que pensamos à diante, buscando também ser compreendidos no que sentimos.
Um registro pessoal de uma fase de nossas vidas nesse plano sob essas condições de existência.
Apesar do teor denso, e de vibrações negativas emanadas nos registros, acreditamos que trazemos um princípio além de um propósito, num formato de músicas que, ás vezes, até gostamos e achamos mais relevante que o silêncio, no momento.
Mas acima de tudo, é um projeto de vida. Um modo de, uma vez percorrendo os espaços submetidos a mesma realidade, aproximarmos os nossos corações, procurando a comunhão e uma cumplicidade de cárcere entre nós mesmos que buscamos as mesmas consciências e mais ou menos as mesmas práticas, por nos sentirmos de maneira parecida e almejarmos um tratamento semelhante frente à tudo o que nos visita uma vez a mercê do vento nesse lote de tempo e espaço.
Nossa contribuição pessoal pra uma causa universal.
Os tempos são esses, estamos com os pés aqui.
O senso virá.
Graça e paz da parte de Deus.
Amem.
Amém.

São José dos Campos, 16 de junho de 2013
Neto e Ingles"




Penumbra
Sente... Degusta a chuva que não é purificação.
Lanterna à mão... Apontar pra frente em meio à escuridão.

Desaconchegue nesse cego enredo. Completo se interne,
Onde sol não emana a luz e o horizonte é inerte.
Repele até o oposto no campo de atrito imposto,
Ainda honesto, pós tortura, na minha posição sem posto.

Degrada o sonho. Adentra o rosto o resto amargo.
Pre suponho, após a última dose, tentando afogar neurose.
Aborte. Corte quaisquer sem sorte flerte com a morte, desavento,
Quem doma a redoma grita: Se entorte.

Atmosfera... Terra muda, presa no que cala,
Mas dá pala. Vala, ausente a verdade na fala.
Desespero exala se contendo ao afrontar,
O tentar acompanhar do calcular ao te apontar.

Limitado ao ocular, e um dos fardos é testemunhar
O interagir do ocultar, o que faz ecoar o gritar.
Daqui é interno, certo termo, cego desapego.
Prego. Imerso, o existir não ergo, só me envergo.

Envertido... Do céu ao sol, traído. Deformado.
Sentido tudo, nada visto. Invisto no impalpável.
Malícia nesse vél. Tudo sem luz é ilusão,
Qual a razão sobre a alusão? Poeira alta e veste ao chão batido.

O que altera a percepção compromete a concepção. Refletir sem conclusão.
Em troca de alguns metros na direção da emoção? Vão.
A vida além do atalho e da grade...
Alma moldada, lembra, recuse mesmo que agrade.

Não se acaricia com a foice, nem se afaga com a espada.
A sedução que traga é praga. Submerso, equanto o grito vaga.
Segue a saga... jardim de aço... um compasso pra cada passo...
Curso GAIA pesa o traço, plano TERRA arma o laço.






 Buracos no Chão

Buracos ao chão. Realidade destrói paralelo.
O elo perdido foi encontrado no coração puro.
Brigo no escuro, os socos me acertam,
Me esquivo, e ainda erro. E me deparo nocauteado.

Saí pra ver e vi, o que muitos não vêem.
Só quem abre a mão daqui vê o que é bom.
Estar além de ver - sentir. Então a luz me encontra,
Flutuo e ouço aqui que preciso ouvir pra seguir.




Mundo cão, eu louco de são,
Me vejo no vão da paz/loucura, e agora solidão.
Ouço tom da voz e manobro os ecos.
Inspira a vida, sinto as vozes e dialetos.

Decretos dos anjos e demônios no ouvido.
Não ouviu? Merda, acabaram de bater o martelo.
Como um truco, o blefe é soprado,
Os sinais trocados; e eu, ingênuo, perco o jogo de novo.

Mas sincero. "Deuses" me aniquilam em vida,
Humanóides aliciam, malícia me visita.
O caderno exita, exito de sentir ódio,
A mentira ao pódio faz a ação ser simbólica,

Apocalíptica. Na mente cética.
Fabricam o fim da véspera pro fim das épocas.
Vulgos vigaristas me aprisionam,
Não me deixam entender porque me rondam ou me sondam.

Agora olho o quadro. Insano, perturbado.
Encaminhado a viver com o dedo flexionado.
Tudo mais claro nesse baralho marcado.
Nessa comunga estou só, com o meu senso tragado.

O que devo saber pra poder viver?
Se Deus que me toca, e mais ninguém.
Sinto a pureza envolvendo a minha alma,
Mas a Terra me arremessa e faz disso tudo uma queda.

Eu só tenho a minha fé pra sentir.
Porque se dependesse daqui nunca iria sorrir.
Se sou ingrato, dou a minha face e coração
Pra quem viveu vinte outonos no clarão da ilusão.

Sem mal dizer. Se derem amor e paz nessa aurora,
Perfeição, não basta. Lhes deformam e jogam fora.
Irreversível essa noite teatral,
Onde atores degradam as flores em prol do final.

Não consigo ser nada, mano, só eu.
Forte, paciente, temente à Deus, mas no breu.
Ser filho seu (Pai) já vale o prêmio da guerra.
Nessa briga externa que se interna a cada segundo.

Me vejo como um homem da caverna,
Sobrevivendo sem saber, enquanto dinossauros domam a Terra.
Então me desdobro na faísca que vivo,
Serei meu espírito antes que eu exploda...

Terreno hostil, aqui, não ignoro o frio. Remo e pavil, tio.
Os neurônios de acender explodiu.
Deu pra ligar? Veneno e cio, nação viril, Jão.
Foto de mil grau, tô fraw. Brasil nunca me viu.

Inconveniente, me evite, amargando outro desquite,
Ecossistema sangra, e tudo que fala mente, memo.
O mal que se omite, aleja ou mata no anzol.
Debato sem me abater, rastejando até o sol.

Crosta terrena evidencia o senso universal,
Pretensão enrijece a matrix espiritual,
Densifica, a consciência o classifica,
Até entrar na equação a variável que ninguém explica [Deus].

Eu e eu contra mim memo, frente os cara, sempre foi.
O que vislumbro de melhor hoje repousa no depois.
Tentar ficar de pé, mais alcolismo e demência,
Sufoca a fé, o corpo pesar mais que a consciência.

No fundo me importo em expor minha glória vergonhosa.

Laje laica comum ostententa conduta pecaminosa.
E finda a prosa, universo. Um terço verso, mano.
Eternidade corrompida alimenta draconiano.

Suprimir pra internar e limitar a interação,
Acoar, pra dementar na super associação.
Vasto orgulhoso mal... Quando pesa o fardo.
Órfão quer ser adotado. Shiu... Firmão, to errado.

Nesse chão aflora zológico dos bicho-homem...
Nesse rio de pedra entre amor e ódio eu sinto fome...
"Destrata que é a cota", "se mata com a muca"...
Sem sentir o hálito do demônio roçando quente na nuca.

Mental, real, berro, enquanto bendizem o mal.
Só eu me vejo sentenciado enquanto degusto o punhal.
Lembro do único caminho pra justificação
Me esquivo, quando os meus álibis viram os motivos das fugas.



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