terça-feira, 20 de julho de 2010

TONY ROCKER RIOBILLY NUMA PRÉVIA DO MIZZ LIBIDO ZINE!

Toni não se contentou em ser mais um na multidão! Deu cara e topete a tapa e é o Boss por traz do RIO BILLY, um festival que so um maluco visionário fan de Hellvis poderia conceber! Agora as vésperas do evento, confira essa entrevista exclusiva que vc encontra no MIZZ LIBIDO FANZINE, a ser lançado no evento com o apoio dA GRANDE ROUBADA.
Ladies & Gentleman Crazy Toni!!!
1) Em que momento você começou a gostar de som? Ja teve fase de roqueiro mocorongo que curtir Judas Priest?
Sempre gostei do rockabilly e do rock da década de 50, mesmo quando não sabia que as músicas faziam parte de uma cultura determinada.
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A lembrança mais antiga é das festas da infância, quando sempre rolava na pista um medley de várias músicas da década de 50 e 60, produzido por Jive Bunny & The Mastermixers. Era uma fita k7 (anos 80) que tinha um coelho na capa, muita gente deve se lembrar dela.
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2) E como foi que você começou a perceber o rockabilly como um estilo distinto detro das mil vertentes do rrrock?
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Acho que foi justamente a partir desses medleys. Eu comprei a fita e me informei quais eram as músicas e artistas mixados. Fui atrás dos discos de cada um deles. Eram os clássicos, Little Richard, Elvis, Jerry Lee Lewis, Bill Haley...
Fui um pouco adiante e descobri Gene Vincent, Eddie Cochran, depois Stray Cats e então o quebra cabeça começava a fazer sentido.
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3) E no Rio, sentiu alguma soliddão por curtir um estilo proprio?
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Sim, muita solidão musical. Por acaso conheci um ou outro que tinha essa mesma admiração pelo som billy, mas no RJ era muito raro, até alguns anos atrás.
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4) E os filmes? Algum filme faz sua cabeça dentro do repertório do rock?
Sem dúvida, não apenas sonoro, mas visual também. Os primeiros foram os mais populares, tipo Grease, La Bamba, O Rei do Rock (sobre a vida de Jerry Lee Lewis), depois procurei os mais antigos, tais como "no balanço das horas (com trilha sonora de Bill Haley & His Comets)", juventude transviada (com James Dean) e por aí foi. 

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5) Como foi conhecr o Eric e a fase do General Billy? Me lembro que as letras em portugues eram bem humoradas.
Nos conhecemos por acaso na Rua Pedro Lessa, reduto de vendedores de LPs. Eu estava olhando alguns e ao meu lado tinha um sujeito de costeleta selecionando uns discos do Elvis. Em um primeiro momento eu fiquei puto, porque queria os discos, mas a partir dali surgiu uma importante amizade nessa minha trajetória.
Fizemos muitas noitadas e formamos uma banda, já extinta, chamada General Billy. As letras eram em português e sempre bem humoradas, tivemos ótimos momentos com a banda, vários shows - num deles eu me lembro que você me arremeçou (e acertou) uma garrafa, pelo que entendi foi porque você estava gostando.
A banda terminou, mas nossa amizade continua, hoje ele está em outra banda (Beach Combers), muito boa por sinal, e eu tenho um novo projeto solo, saindo da gaveta em breve: Crazy Tony & Trio.
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6)) É verdade que você era inspiração para o personagem Toni Arrogante do Eric?
Não tenho como negar, o personagem é visualmente igual a mim. Se eu sou arrogante só os outros podem dizer...
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7) Nessa época você começou articular de tocar fora do Rio? Começou a trocar ideais com pessoas de fora? Conheceu o Bufunfa?
Com o General Billy nós tocamos em Brasília e conhecemos uma galera rocker, que agita a cena billy de lá. Pessoal muito gente boa e cheio de iniciativa, que certamente me influenciou a movimentar a cena de festas billy no RJ.
O Bufunfa eu sempre conheci de nome, por terceiros, é um cara que movimenta a cena há anos e que eu vim a conhecer pessoalmente agora em março/2010, quando trouxe os Fabulous Bandits para o RioBilly, banda da qual ele fazia parte.
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8) E como foi a ideia de criar o RioBilly? Um gesto ousado, já  a maioria das  festas de rock apostam em formulas desgastasdas de tocar as mesmas músicas de 20 anos nas pistassss.
Em vez de continuar reclamando da falta de cena rockabilly no RJ eu resolvi tentar fazer alguma coisa por ela, além de tocar com a banda General Billy.
Na época eu contei com a Luciana Morozini para fazer o primeiro festival, em novembro de 2007. Lembro que foi numa quinta feira nublada, no Cine Lapa, e a casa ficou lotada, para minha surpresa e satisfação.
A partir daí rolaram edições menores (RioBilly Parties), que começaram apenas com discotecagem, trazendo figuras conhecidas da cena rock/rockabilly do RJ e de outros Estados.
A minha parceria com a Luciana terminou em janeiro de 2009, mas o RioBilly não. As festas passaram a receber bandas de outros Estados e isso fez com que o evento ficasse mais frequentado e conhecido, a ponto de vir gente de fora para curtir as festas.
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9) Quais bandas que já passaram pelo RioBilly?
Crazy Legs (SP), Henry Paul Trio (SP), The Dead Rocks (SP), Black Sheep Rules (SP), As Diabatz (PR), Os Dinamites (DF), Fabulous Bandits (PR), Canastra (RJ), Bigtrep (RJ), Os Carburadores (RJ), Os Pazuzus (RJ), Tennessee Bourbon (RJ), Velho Jou (RJ), General Billy (RJ), Os Vulcânicos. Espero não ter me esquecido de nenhuma, gostei de cada uma delas e espero que um dia todas voltem. 
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10) O que é ser "Abílio"? Você é um?
Haha. Abilho é um termo meio pejorativo em alguns Estados, atribuído a quem faz um estilo de fachada, fake.
Você vai ficando mais velho e passa a se rotular cada vez menos, porque ninguém é igual a ninguém. Eu gosto de rock´n roll, rock´n roll como ele foi feito e como foi mantido através das décadas. Gosto de rockabilly, de country, de hillbilly, de neorockabilly, de teddy boy rock´n roll e de toda cultura que cerca esses movimentos, influenciando diretamente na maneira como eu penso, falo, me visto etc.... 
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11) Algum fato engraçado ou constrangedor que já tenha acontecido nas festas?´
No primeiro Festival, que foi o primeiro evento RioBilly, houve um campeonato de topetes. O público elegeu o Mirrela vencedor (Mirrela é uma figura onipresente no underground carioca que trabalha na divulgação do RioBilly). Até aí tudo bem, só que o cara não tem topete algum, tem um visual rastafari absurdo, um metro de dred...
Isso mostra um pouco de como é o Rio, a galera vai às festas para ouvir rockabilly, rock´n roll e se divertir, leva tudo na "esportiva".
De constrangedor eu sinceramente não me lembro, é provável que eu tenha feito algo nesse sentido, mas para essas e outras situações existe a amnésia alcoólica.
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12) Além da produção do show, que sempre aglutina vários djs convidados, o RioBilly produziu um DVD. Fale um pouco dessa produção, e se há previsão para mais materiais, como uma coletânea por exemplo?
Eu tento registrar os eventos de alguma forma, seja através de fotos, vídeos, gravações dos shows...
O DVD foi um trabalho de primeira linha realizado pela Maria Gorda Filmes, que registrou com incrível qualidade os shows que rolaram no II RioBilly Festival, em março de 2009.
Eu tenho vontade de ter um selo para gravar e divulgar bandas de rock, rockabilly, country e afins, mas isso ainda é uma idéia, um dia haverá de se materializar.
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13) O RioBilly cresce a cada edição com qualidade e quantidade. Quais são as atrações para o proximo evento?
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O próximo evento é o III RioBilly Festival, dias 23 de julho, sexta, no Teatro Odisséia, e 24 de julho no Cine Lapa.
Para coproduzir esse Festival eu convidei o Raoni, um produtor que está fazendo um belo trabalho pela cena rock no RJ. Estamos somando forças para fazer desse Festival um evento histórico.
As atrações são excelentes! Seis bandas: The Quakes (EUA), Hillbilly Rawhide (PR), Run Devil Run (SP), Bigtrep (RJ), Os Carburadores (RJ), Os Vulcânicos (RJ). E 4 DJs: Lucas Bueller (Os Dinamites - DF), Wagnão (Ases de Rock´n Roll - SP), Theddy-O (Lick it Up - RJ), e Tony Rocker, este que vos fala.

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14) Nós do zine Miss Libido agradecemos a entrevista e deixamos a tribuna livre para o seu recado, e deixe um contato para sabermos mais das festas.
Eu é que agradeço o genuino interesse de vocês, que por sinal frequentam a cena e entendem do assunto!



O  RioBilly é um movimento independente, feito por quem gosta de rockabilly e rock´n roll para quem gosta de rockabilly e rock´n roll, a única preocupação é bem representar e difundir essa cultura Rio de Janeiro e Brasil afora.
 
Convido todos os rockers para o III RioBilly Festival, dias 23 de julho, sexta, no Teatro Odisséia, e 24 de julho no Cine Lapa!
O Riobilly está no Orkut, facebook, twitter, fotolog, riobilly.com, é só procurar! 
Keep rockin´!

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