sábado, 8 de dezembro de 2012

EDG + p.a. = Indigesto



Rap Nacional feito no velho continente! Participação MC Walli Indigesto!

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

WALLI INDIGESTO CIDADÃO DO MUNDO!



Conheça o intrépido Walli Indigesto, padroeiro do nosso blog!
Ave Walli Indigesto!

domingo, 25 de novembro de 2012

Exposição impressionista, mito de Medéia e um documentário que no mínimo soa intricado são os pontos principais desta resenha que faz convite à reflexão.


Lembra-te de que sou Medéia – Medea nunc sum
Isabelle Stengers, editora Pazulin, 55 páginas, coleção Ágora.

Sou muito grato a minha ex-coordenadora, diretora de teatro e atualmente diretora do Instituto de Artes da UERJ, Denise Espirito Santo por me indicar este livro na época em que ela planejava fazer uma peça contemporânea sobre ou que fosse baseada nos moldes do mito de Medéia. Lamentavelmente, o projeto não foi adiante. Ela havia emprestado (aos envolvidos) este pequeno livreto de pouquíssimas páginas, mas que, acreditem, vale mais do que muitos livros de mil páginas existentes por aí.
O livro de Isabelle Stengers é teórico. Mas por se tratar do campo teatral sua poética é livre e descompromissada do academicismo. Ele vai tratar do mito de Medéia totalmente abdicado do drama como futilidade. Não é o ato dela que vamos julgar, mas as suas razões e é aqui que encontraremos a sua beleza. Medéia não foi egoísta diante de seus atos. E por isso não devemos julgar seus atos como atitudes mesquinhas. Ela simplesmente se fez ouvir. Foi tanto que seu grito ecoou em nossa contemporaneidade. Quem mais não o faria sob o risco de ser apagada da história? Da vida na polis?
Um livro histórico, mas ao mesmo tempo contemporâneo, pois trata da mulher pós-moderna. Sua importância nas várias funções sociais e existenciais na qual está submetida. Sua reclamação póstuma a morte de gaia pelo deus monoteísta judaico-cristão; construído cuidadosamente pelo patriarcado vigente em nossa visão ocidentalizada e que na qual a mulher aqui é tratada justamente pela escritora como sacerdotisa dessa deusa Elemental.
Em suma, Lembra-te de que sou Medéia é um livrinho pequeno, mas pungente. Que deve ser lido por todas as mulheres, pois, estas precisam se reconhecer e reclamar sua existência no mundo atual assim como também deve ser lido por todos os homens para que pensem muitas e muitas vezes antes de atentarem qualquer coisa contra estas verdadeiras divindades vivas que são nossas Medeias de cada dia.

Detalhe de O Tocador de Pífano, de Édouard Manet/Reprodução
Exposição de 23 de outubro de 2012 a 13 de janeiro de 2013. Terça a domingo, das 9h às 21h entrada franca. Local: Centro Cultural Banco do Brasil.
Tive que tomar coragem ao largar da livraria onde trabalho seis horas por dia para encarar a exposição Impressionismo – Paris e a modernidade. Obras primas Musée d’Orsay.Aqui não vou me ater a detalhes da exposição por julgar que de fato não vale tanto a pena. Minha frustração ainda foi maior porque além das minhas seis horas em que trabalho em pé, ainda tive que encarar mais duas horas e meia em pé para entrar no prédio e outras 30 para adentrar as salas de exposições. Isso tudo para que as minhas expectativas e assim acredito a dos outros milhares de expectadores que diariamente saem de suas casas para visitar os nossos impressionistas não fossem correspondidas.
A começar pela má distribuição dos quadros. Alguns até uma vã tentativa absurda de nossa contemporaneidade de se encontrar diálogos de pintores como Monet e um outro pinto que como menor importância -  e não porque este tem menos importância no cenário impressionista mas dada a importância aos mais “importantes impressionistas” segundo nossos critérios atuais. O que quero de dizer que este diálogo desnecessário era como eu disse antes, uma vã tentativa de apresentar-se pelo tema e não simplesmente pela cena impressionista que já estaria de bom tamanho.  Tenta-se diminuir a escala de importância de Monet para com esse pintor que infelizmente não me recordo mas como se fosse de fato necessário por em diálogo como compensação. Acho que isso não importaria porque cada impressionista tem de fato sua importância.
Outro detalhe é que a própria história do museu fica retida apenas na primeira parte da exposição onde poderia ter sido mais explorada dada a sua importância histórica.
Mas o maior agravante é sem duvida as paredes de vidro colocadas sobre as telas, presas as molduras que separavam a pintura do expectador. Por si só tal iniciativa dos organizadores do evento já soa como uma total desconsideração há um publico que penou durante várias horas na fila de espera. Alguns até conformados vão alegar que tal medida de segurança se justifica por expor a obra a algum indivíduo que queria “tocar” a tela e assim macular seu incalculável valor. Mas acho que tal justificativa não serve. Assim como o CCBB e o próprio museu montaram um verdadeiro aparato em nível de segurança nacional estadunidense. A ponto de sermos advertidos até mesmo em respirar próximo ao vidro protetor das telas e sem contar das placas divisórias que delimitam o expectador e ainda de quebra possuem climatizadores para manter tais obras em temperatura ambiente protegidas do nosso clima tropical.
A verdade é que, até entendendo que há um interesse dos colecionadores por preservarem seus patrimônios se é que existem tais atores. Até onde eu sei o Musée d’Orsayrecebeu importantes quadros de colecionadores, ou seja, talvez estejamos falando de quadros sob domínio do âmbito privado. Acho que no fundo há esta superestima e solenidade que envolve toda a aura da obra de arte que tão bem fora observada por Walter Benjamim. Um superestima que talvez tenha ido de encontro aos principais envolvidos e que não estão mais aqui para reclamar o que na verdade se tornou patrimônio da humanidade conservadora: os próprios artistas impressionistas.



Solitário Anônimo – documentário.
dirigido por Debora Diniz.
18 minutos. Brasil
Uso aqui as mesmas considerações de inicio de texto que usei nos comentários sobre o livro Lembra-te de que ou Medéia. Os poucos 18 minutos desse documentário não são de forma alguma desperdiçados por esta competente diretora que aqui participa como uma voz sussurrante a questionar ao nosso anônimo se o mesmo “sabe o que é morrer” sem julgamentos moralistas ou preconcebidos. Um documentário que de fato diz muito do que muitos documentários de duas horas.
Não vou me aprofundar. Quando este vídeo me foi recomendado não acreditei que me causaria tanto impacto, por coincidência encontrei na mesma ocasião uma matéria em uma revista de filosofia com a matéria do médico e filósofo Flávio Paranhos (filosofia ciência & vida, ano VII, número 75, outubro de 2012). O que vou deixar aqui são questões como a intervenção do Estado no direito de morrer, de exigir um nome aos “Josés” analfabetos do nosso mundo de aparências. O mal estar que nos primeiros minutos achei que seria nas imagens do filme que apenas foram engodos e a verdadeira náusea nos é provocada diante de nossa impotência ante ao peso da vida sobre nossa individualidade. Individualidade esta cujo pacto é quebrado quando nossas identidades como numero são rasgadas e nosso nome negado. Paradoxo? Não. O nosso sentido de identidade como seres sociais, políticos e privados é em prol a uma coletividade que nos põem a prova o tempo todo. Mas talvez seja mais que isso. Nossa instrução não salva nossas almas. Pelo contrário, condena. Chegamos ao topo do mundo e olhamos para baixo. Para o abismo filosófico de nossa existência e ficamos fracos diante do sublime. Resultado: se não temos coragem de nos matar não é por causa de uma crença tola em um poder supremo, mas por puro instinto de sobrevivência. Diante disso nosso Solitário Anônimo se não teve a coragem “japonesa” de cometer tal ato ao menos “jogou-se fora” ao jogar seu próprio passado e seu nome. Entregue a um futuro de incertezas onde o mesmo ansiava por morrer e assim se deixou a essa contingencia seu passado não passa de “um montante de lixo” e o seu preso o simples “real".
Longe de criticar nosso solitário anônimo, critico aqui mais uma vez o Estado que também com seus paradoxos tira o direito constitucional e individual de alguém optar pela morte solitária enquanto muitos outros contribuintes em estados terminais e emergências morrem como moscas nos corredores dos hospitais públicos de nosso ordeiro e progressivo país. Desculpe a ironia, pessoal, mas aqui a ironia é mais suave que a ira.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Ex Voto


Rock n Roll Romance


No More Hate: End Occupation!


1 shot, 2 kills


Autoramas (BR), The Tormentos, Los Primitivos y The Broken Toys

Este sábado Autoramas (BR), The Tormentos, Los Primitivos y The Broken Toys juntos en el KONEX!
 

JÄGERMEISTER ROCK NIGHTS presenta
Autoramas (Br) The Tormentos Los Primitivos y The Broken Toys
juntos en una misma noche en CIUDAD CULTURAL KONEX (Sarmiento 3131 , C.A.B.A) Sabado 17 de Noviembre - 00hs Entradas anticipadas $40
Ticketek: http://www.ticketek.com.ar/Conciertos/Rock-Nacional/JAGER-ROCK-NIGHTS-IV__JAGERKON12

Autoramas Autoramas
Banda brasileña formada por Gabriel Thomaz (guitarra y vocalista) que, después de volverse conocido con su grupo Little Quail and the Mad Birds y tener éxito como compositor de varios hits de Raimundos y Ultraje a Rigor se trasladó a Río de Janeiro. Allí invitó a sus amigos Nervoso (batería) y Simone (bajo) para hacer un sonido bautizado como rock dance, una mezcla de la música surf de 1960 con new wave de 1980, más influencias del rockabilly, La Joven Guardia y energía punk rock, con las guitarras de timbres marcantes, bajo distorsionado y batidas bailables. Editaron seis discos, entre ellos un show especial para MTV y el último, Música crocante, con una particularidad: fue grabado, producido y editado con la ayuda económica de los fans.

The Tormentos
The Tormentos
Se formaron en Diciembre del 2001 para sacudir los cimientos de la escena Surf Garage local y montar las olas mas altas del Rio de la Plata.Afilados como pocos, estos muchachotes redimen sus tablas a traves del mas salvaje SurfRock instrumental a la Astonauts o Pyramids, con influencias como Dick Dale o The Ventures, junto al imaginario de sonidos de los 60's con su particular estilo y vision.Fiestas en la playa, autos clasicos & Hot Rods.Juventud descarriada bailando a un ritmo demencial y un explosivo show en vivo son escenas comunes en esta pelicula que propone The Tormentos y nos deleita con un derroche de fina reverberancia que va desde el salvajismo electrizante hasta la sedante profundidad de los abismos oceanicos.
Los Primitivos
Los Primitivos
Los Primitivos, con mas de 22 años de trayectoria, son actualmente la única banda en actividad de las fundadas dentro de los 80s en toda Latinoamerica. En 1988, Leandro "Animal Lee" Urso y Mariano "Phonzy" Auday formaron una de las bandas más populares de la ya consolidada escena Rockabilly Argentina. Los Primitivos han sabido consagrarse dentro y fuera de su país en Importantes festivales como: El Porao Do Rock 2009 (Argentina) Psycho Carnival 2009 (Brasil) Rockabilly Fest 2009(Chile) etc . También han sabido abrir shows para artistas internacionales tales como: LOQUILLO (España) EDDIE SPAGUETTI (U.S.A) AUTORAMAS (BRASIL) IGOR PASKUAL ( España).

The Broken Toys
The Broken Toys
The Broken Toys es uno de los combos más originales que haya parido nuestro territorio; un cantante que tiene la impronta rocker tatuada en sus cuerdas vocales, secundado por músicos que conocen al dedillo el ABC de los genero que interpretan, y una sección de vientos que te hará perder la compostura. En sus shows se rompen corazones y se sacuden los pies hasta el hartazgo, estos chicos de elegantes trajes y altos peinados tienen todo lo que necesitas para una noche salvaje en compañía del mejor Rock N' Roll de antaño.

Para más informaciones ¡contáctanos!


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Sylvie Piccolotto
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sylvie@rockcity.com.ar
☏: 00 54 9 11 6094 6061 [mobile]
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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Dos cadernos digitados de JC Anjos - parte 1





Eu. Pássaro preso. Cantando incessantemente nesta sinfonia urbana de pedras e motores. Com meus dedos, escrevo nas paredes das cavernas o meu silêncio que não se calará. É o meu sangue que serve de tinta.
Ás vezes tenho vontade de rir de toda essa farsa que é a vida. Ela é um teatro e nós somos os piores atores.

A dor transforma-se em fome quando a fome não se transforma em dor.


Recurso
Aqueles dias tão distantes
Você me disse que não daria
Por uns instantes.
Daria tempo,
Daria calma,
Daria trauma.

E  se tentássemos ser o que não somos?
Somos tão estranhos,
Somos tão solitários.
Sombras através dos anos.

E seu eu dissesse que nada de você espero mais?
E se eu dissesse que tudo tem demais?
Não sei se vale
Vale a pena vale mais que qualquer outra sentença.



Atrocida exibição
  
Parece justo que você propague a dor,
Àqueles que você arbitrariamente julga ser inferior a você?

Pois saibas que você é bem mais inferior
Que uma bactéria.
E esta ainda tem seu valor.
Que o vírus acabe com o teu sistema, covarde!

Você não consegue ouvi-los gritar?
Não são humanos mas bem mais que do que você seria
Seria em qualquer reino animal.

Pense bem.
Você na passa de um ser primário
Que se julga racional.
Me diz, quem viverá no final?

Tudo é tão absurdo
Sabendo que seres supostamente humanos
Concorrem pro mal
E que depredam a si mesmos.

O Homem que não tinha passado - versão poética da memória de peixe - 

existem coisas que permanecem.
mas como guardar aquela lembrança
de que tudo eram fatos reais?
e as manhãs nunca desvanecem.

eu planejei um mundo depois
eu desejei uma vida só nós dois
e pros outros ofereci flores
destruindo a arrogância de meus senhores.

é assim as manhãs desbotadas
o amanhecer nunca foi tão doloroso.
entrega-te cada sonho dessas almas
e o que me resta é somente ameaça.





um grande pedaço de carne
um grande e defumado pedaço de carne.

mudanças de pensamento
não há nenhuma novidade.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

A representação da banda Joy Division em minha vida até os dias de Hoje (e meus adoráveis suicidas).





Eu me lembro do primeiro momento em que ouvi e conheci Joy Division. Francamente eu havia rejeitado. Não estava preparado para aquilo. Eu era um moleque que só queria ouvir barulho. Associava isso a minha rebeldia como qualquer adolescente.
Mas confesso que sempre amei os suicidas. Achava que tal ato seria uma atitude nobre. Mais do que isso: poética. Verdadeira expressão da potencia. Quer tamanha força não conter-se mais e com isso aniquilar-se? Assim era o gênio do suicida pela minha concepção e foi por este prisma que comecei admirando Nirvana devido ao suicídio de Kurt Cobain.
É claro que hoje vejo tal ato não como o meio em si justificável, mas também não sou moralista de o condenar. Assim como Nietzsche, entendo que a força mais poderosa da vida é o “querer existir”. E é claro que este querer existir está para além da simples presença corpórea, mas que mesmo assim esta presença corpórea se faz presente como parte importante desta dimensão porque é ela que origina todas as coisas pelo fio combustor da vontade.


Então no caso a auto-aniquilação no meu ponto de vista parte mais da força emanada por Schopenhauer como natureza incontrolável, mas que pode encontrar sua solução no poder da existência em Nietzsche no que o próprio chamaria de vontade de potencia em continuidade a própria vontade e representação de Schopenhauer
Mas até chegar a este entendimento ao ato de Ian Curtis, eu sustentava minha afeição radical do suicídio ainda amando as bandas Nirvana, The Doors e Iggy Pop. Somente cheguei a minha derradeira paixão “divisiana” pelo viés de bandas como The Cure, Siouxie and the Banshees e livros como “O Estrangeiro” e “A Metamorfose” de Albert Camus e Franz Kafka respectivamente. 


Chegando ao segundo momento em que de fato assumi minha paixão pela banda Joy Division e toda a sua visceralidade, passei a cultuar ainda mais o ato suicida de Ian Curtis. Eu só não percebia naquela época que tal ato cometido Por estes meus heróis também anulavam outra coisa que tanto admiro nos dias de hoje, os sentidos que meu corpo, em harmonia com meu espírito poderiam produzir. E que de fato produziram e ainda produzem nos dias de hoje. Talvez eu devesse lamentar que tais ídolos (e que sempre continuarão sendo meus ídolos) não mais pudessem compactuar com as minhas idéias. Mas é claro que tal conclusão não procede. Como disse eu os entendo por diversas razões que defendo aqui. Eles não deixarão de representar a admiração que tenho por eles por mais esta concepção. Serão tão meus ídolos da mesma medida em que continuo admirando Morrissey, Robert Smith e tantos outros que ainda permanecem nesta existência.


Entendo hoje nos meus 36 anos de vida que não era o ato em si, como disse antes, do suicídio de Ian Curtis e companhia, Somado a todo o seu romantismo e estética que me julgo fã do Joy Division, mas também de sua visceralidade performática e poética. De que tal força auto-imolada estratificou-se a outras instancias do espírito porque simplesmente não conseguiu conter-se. Não podemos calcular tal ato porque não conseguiríamos por nós mesmos. Porque nosso papel existencial parte para outro viés. Ou seja, que esta força que nos habita desde o dia em que começamos a esboçar nossa própria existência, esta destina a convergir para outras formas do ser. O ser presente. O ser que precisa existir para se fazer entender. Em outras palavras. Ao invés de nos aniquilarmos e com isso negarmos nosso ser, estamos destinados a simplesmente lutar. Apenas isso: Lutar.

Talvez você até discorde de mim em simpatia ao meu primeiro principio. Mas até este momento estamos no mesmo caminho porque ainda estamos vivos, não estamos leitor?


  

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

domingo, 2 de setembro de 2012

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

3ADFZPA – 3º Anuário de Fanzines, Zines & Publicaciones Alternativas

3ADFZPA – 3º Anuário de Fanzines, Zines & Publicaciones Alternativas

 

sábado, 25 de agosto de 2012

Expressões Latinas desfilam pelo Rio


     Este é um momento bastante interessante no que diz respeito à arte latina aqui na cidade do Rio de Janeiro. E de fato precisamos olhar mais para dentro do nosso amado continente e ver que existem coisas muito mais interessantes até do que o que estamos acostumados a ver no além mar e principalmente “para o alto”. Para o Norte. Temos neste fim de semana o grupo musical Maldita Bohemia, do Chile e estará presente na 6ª edição de Atrocidade Maravilhosa (cartaz acima). O grupo, como condiz o nome, trás canções de bar. Em seu videoclipe (abaixo) podemos sentir o clima de sua musica toda executada em uma taberna solitária de Santiago  e tocará no dia 25/08 no evento.
     Já no , Centro Cultural Caixa Econômica Federal temos a exposição que começou no dia 10 de Julho e vai até 09 de setembroMacanudismo, Quadrinhos, desenhos e pinturas de liniers. Graças a Bebel Abreu (além de curadora é fã assumida) temos exposto obras de um filho da geração fanzine e quadrinista (clique aqui e de uma olhada no site da curadora)Liniers é argentino e nos presenteia com tirinhas (publicações suas de um longo período como colaborador de jornais). Esboços, cadernos de viagens. Enfim, todo um processo de criação que não estamos acostumados a tomar conhecimento do universo dos quadrinhos por justamente esta arte ainda viver o estigma do Kitsch. Confesso que senti um pouco de falta dos fanzines nesta exposição, mas enfim, ainda falta muito chão para trilhar... E você não perca estes eventos.  abaixo uma palinha do que te espera.



quarta-feira, 15 de agosto de 2012

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O crime do funk carioca.

por Júlio César dos Anjos

“O funk não é modismo
É uma necessidade
É pra calar os gemidos que existem nessa cidade”- Rap do Silva

 
Se existe algo perigoso no funk carioca é porque ele reclama sua própria existência. Seu grito é o grito dos despossuídos. Dos sem teto. Dos assalariados. Dos indigentes que são encontrados sem vida (desvalidos) por nossa cidade, produtos da urbe.  É também o grito de nossos ancestrais que foram torturados e martirizados nas obscuras senzalas suburbanas de nossa “cidade maravilhosa” em séculos passados. É também uma mistura de ritmos de várias épocas e vários lugares. Uma espécie de mixer. Este grito é como a vida. Ela é mortal; o funk também é. Ela é sensual; o funk o é. Ela é fome assim como o funk. Seu sensualismo é tão erótico, mas tão explicitamente erótico que nos faz virar a face para o outro lado. Ele nos faz encarar aquilo que tentamos ocultar em nossas vestes morais. Das mascaras de nossos pudores somente revelados em nosso âmbito privado. E aqui não só se revela o erótico, mas a face dos vícios. Daquilo que realmente somos. Os monstros põem as mascaras pra não serem revelados pela luz prateada do luar social. Poucos possuem esta coragem. A grande maioria se esconde em grotescas caricaturas do permanente. Agem como idolatras do absolutismo pós-modernista. Nada mudou. Os preceitos foram quebrados para se erigirem novos preceitos. Estes, mais resistentes e inabaláveis.
A libertinagem do funk carioca é tudo que queríamos viver como viveram os antigos. Essas civilizações menos pudicas que agora se encontram refletidas nos ritmos frenéticos dos corpos. Corpos que libertam nossa sexualidade oprimida.
Aí está o perigo. Um perigo que preocupa as autoridades puritanas e outras entidades mais conservadoras. Por isso, esta associação com determinadas atitudes criminosas como se a musica fosse de fato combustor desta.
Mas não é a primeira vez que a musica, que na verdade nos inspira seja qual for a sua natureza, tem seu papel de pivô. Basta dar uma boa olhada em nossa história ao depararmos com a musica punk, o ska e tantos outros ritmos que um dia foram ou ainda são underground.
Seria o funk carioca a nossa real libertação? Não creio tanto. Mas creio que ele nos libera de fato. Nos libera não somente de nossos pudores, mas de nossa própria existência. Porque ele também é queda e principalmente morte. Porque o prazer é morte.  É ruptura dos sentidos exaustos por irradiarem-se. É o nosso aniquilamento sem metafísicas, mas dentro da metafísica. É a morte como fim e exclusivamente o fim e paradoxo com a vida. Com ele (o funk), esta ambigüidade metafísica se anula com toneladas de chumbo em nossas cabeças. Não há, de fato, metafísica e muito menos metáfora nisso. O funk carioca é a canção do sexo e da morte. No tiro do fuzil e no sensualismo semi-erótico das cinturas, pélvis e bumbuns cariocas. Ele nos oferece prazer, mas nos dá também a dor. Nos dá a diversão, mas também o aniquilamento. Há uma liberdade nisso que está fora de qualquer estratificação social. Eu ainda ouso dizer que não tenho competência para falar sobre isso. Ainda sou cheio de pudores socioculturais embora muito dos adeptos do funk o são e o tem como um rito dessa já mencionada libertação (e liberação). Ainda assim eles possuem mais coragem do que eu e você juntos.
O funk carioca é responsável pela violência que assola nossa cidade? A única coisa que eu tenho certeza é que não é a musica que aperta o gatilho contra as nossas cabeças. São na verdade, nossas próprias cabeças. Alimentadas por nossas índoles.

A tragédia nossa de cada dia.

Por Júlio César dos Anjos


O urso Pidão - Personagem clássico do desenho do pica-pau que até hoje reprisa nas tvs brasileiras - é um arquétipo bem caricatural mas que está bastante presente no nosso imaginário popular no que diz respeito há maneira como enxergamos a população de rua.



Algumas pessoas odeiam a tragédia. Outras a adora tanto que não conseguem imaginar suas vidas sem ela. Confesso que eu gosto da tragédia. Mas não da maneira convencional. Não daquela forma que as pessoas costumam fazer tal qual Cristo em seu calvário. A minha tragédia é grega.
Ela é grega. Mas não parte de um fundo puramente emocional. Ela é também encenada. Por isso muitas pessoas não acreditam em mim e na maioria das vezes não me levam a sério. Acham que o simples fato deu invocar a tragédia e rir da cara dela tal qual rimos para o fundo do abismo, julgam que talvez eu não carregue sentimentos e a na maioria das vezes, me dispensam maiores considerações.
Mas isso não é uma característica exclusivamente minha. Certa vez, eu estava com um amigo de faculdade no intervalo de nossas aulas, em um barzinho nas imediações, almoçando. De repente, um morador de rua aproximou-se de nós e começou a chorar pedindo que déssemos uma das guloseimas que estávamos ali consumindo. Era de se espantar as lamentações e seus olhos cheios de lágrimas. Eu dei uma boa parte do que eu estava consumindo. Ele de repente limpou as lágrimas, cessou suas lamentações e parecia que não havia sofrido. Já vi pessoas usarem de tal técnica para pedir dinheiro e até cigarros. Mas achei nobre da parte desse nômade urbano invocar seus arquétipos (se for o caso dele realmente não estiver sofrendo) em uma cidade que muitos o invocam por motivos tão fúteis e egoístas. A fome e a vontade de viver, já li isso nos grandes filósofos, é a força mais poderosa da terra. Incluo dentro da vontade de viver a fome sexual. Mas isso é outra história.
A beleza de invocar esses arquétipos para interpretar sua própria tragédia é bem mais bela que a vivenciá-la de fato e faço votos que realmente aquelas lágrimas do ambulante sejam fingidas e por serem fingidas pelo meio que elas foram usadas são admiráveis. Se tratando disso, nenhuma oficina de teatro o ensinou a fingir ou trabalhar tais arquétipos.
Prova mais concreta que a arte está em qualquer um. Por isso Nietzsche diz que é a arte que faz o gênio e se a arte faz o gênio não existe oficio ou sequer um status contemporâneo para o autoproclamado artista.
Se não existe status, não existe crítica da arte e se não existe critica da arte, o que estou fazendo no meu curso de história da arte? Sinceramente, não sei. Mas preciso tomar uma decisão. O meu amigo urbano me ensinou mais do que estes dois anos e meio de faculdade.

sábado, 16 de junho de 2012

ATROCIDADE MARAVILHOSA 5


Rifferema Produções apresenta:
ATROCIDADE MARAVILHOSA 5, DIA 07 de Julho de 2012, A partir das 19 horas!
É com enorme prazer que anunciamos a quinta edição do Atrocidade Maravilhosa!
Nesta edição, invasão da Baixada Santista:
ULTIMA CLASSE : punk rock proletário diretemente de Santos em sua primeira vinda ao Rio. O Ultima mostra por que tem se destacadado no cenário em apresentações incendiárias!
ARROTO: punk rock 77 e street punk, nesses conhecidos fazedores de barulho do público carioca! Novas músicas em inglês! Bacana!
HONOR FEROX: Uma banda autênticamente SKUNK! Em fase de gravação, vem arrebanhando seguidores amantes da boa e honesta OI! music! Imperdível!
1-2-3-4: Que tal pegar um cerveja barata e gelada do bar e cantar com os camaradas todos os clássicos de Ramones e Misfts, com esta banda que épura alegria? Duvido que você fique parad@!!
Nas vitrolas, discotecagem exclusivamente em vinil 7" polegadas resgatando o melhor do early reggae , rocksteady, soul e o autêntico Ska Jamaicano, com cópias originais que o sistema de som REGGAY420, traz para você, diretamente do canal 6, para o mundo! Não perca por nada, essas pedradas vindos da ciaxa de som! 
Também teremos:
Lançamento de Fanzines
Exibição do documentário:
FANZINEIROS DO SÉCULO PASSADO VOL.2: Os fanzines a serviço do Rock! além de exibição de videos alternativos e obscuros!
Stands de t-shirts
do
KAIRON
e
ANTI PLAY
 apoio:
JOE CHOPPERS
DRUNK ROCK PARTY & 
VONTADE E LUTA FANZINE!
DE GRAÇA! (Pedimos humildemente uma contribuição voluntária)
ONDE?
RUA MIGUEL DE PAIVA, 10, STA TERESA/CATUMBI, PROXIMO AO TÚNEL SANTA BÁRBARA
A primeira vez que a palavra "reggae" foi escrita, foi em um som do The Maitals, "Do the Reggay", que vem do patois Jamaicano. REGGAY420 (foto), nada mais é que o reggae primeitivo que tanto fez a acabeça de mods, punks, skinheads e qualquer amente de boa música!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O artista russo Nikita rua Nomerz transforma prédios abandonados em faces. "Eu fui chamado de artista underground, mas se você está fazendo arte de rua não tenho subterrâneo. Você já está na mente de todos, mesmo se você pintar em lixo abandonado e apenas um par de pessoas desabrigadas ver o seu trabalho. Ele é arte pública. Seria bom se as pessoas começaram a prestar mais atenção ao que está ao nosso redor. "


matéria sobre a obra do Artista em jornal local.


http://saraguato.wordpress.com/2012/02/23/nikita-nomerz-e-seus-muros-grafitados-que-tudo-veem/


http://nomerz.blogspot.com/

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

CARNAVAL REVOLUÇÃO!!

Leia fanzines! Faz bem pra cabeça!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

ALEX PREGO

Não é Só Mais Um Zine Prego

By Bruno B. Soraggi

Por Yuri Moraes. Prego #5.
A Prego não é só mais um zine de quadrinhos. O próprio criador e editor Alex Vieira (formado em Artes Visuais e integrante do Merda, lá de Vila Velha) prefere não chamar assim. Talvez porque também veicule entrevistas, além de fotos e colagens -- nas palavras dele, "uma mescla de diferentes formas de artes visuais". Ou talvez porque desde 2007, quando o #1 foi às ruas e logo esgotou, ele tenha elevado o level do jogo. Isso quer dizer que a essência de qualquer zine ainda tá lá -- as páginas cheiram à tinta (preta) e a tosquice anti-careta manda lembranças --, só que com todo um cuidado gráfico que a evoluem pra uma Revista, e de curadoria escolhida "a dedo". Um "empreendimento" mais que uma molecagem. Merece ser levada pros abrigos quando rolar o tal "blackout mundial" -- e ele até já pensou nisso.

Capa por Cezar Berje
Pega por exemplo a #5, a Edição Sonora, que saiu ano passado. O papel tá delicioso de manusear e o encarte tá bem mais bonito. Fora que tem colaboração de gente da laia do Diego Gerlach e do ETE. E essa foi só a primeira de uma sequência de edições temáticas que vai obedecer à tríade sexo, drogas & rock'n'roll, mas realmente ao contrário. Pra logo mais já estão programadas a Edição Drogada e Edição Fudida, respectivamente nos anos de 2012 e 2013 -- e ele também pensa em lançar uma edição #0, "baseada na precariedade". Tudo pago por ele próprio, porque claro que é independente. A saber, já é impossível conseguir os dois primeiros volumes, que antes de relançar ele prefere trabalhar em novos. Então se você os tiver em mãos é uma boa guardar. Ou tirar um dinheirinho, dependendo da sua "sagacidade".

Capas dos quatro primeiros números
VICE: Conta um pouco da história da Prego. Por que resolveu criar uma revista como essa?
Alex: A Prego foi uma alternativa que resolvi criar para sair da mesmice que me encontrava nas bandas em que tocava. Já estava um pouco cansado de como as coisas eram conduzidas e de como os materiais e produções ficavam circulando sempre entre as mesmas pessoas dentro do punk. Quis ampliar o alcance do que eu fazia para fora desse ciclo, mas usando as influências que tenho do faça-você-mesmo e da distribuição independente. Ela vem do punk, mas pode atingir qualquer pessoa interessada em artes visuais.
Pelo que vi das edições #3 e #4 pra #5, ela foi ficando mais bonita, melhor acabada... Fora que as entrevistas são bem editadas, sem erros ou tosquices comuns aos zines. 
Sempre quis melhorar a cada edição, a cada número a revista foi ganhando conteúdo e melhorando. Fico feliz em perceber que o que eu achava legal em 2007 já não supre meus interesses em 2012, mas ainda assim tem algo daquela época que me faz repensar o que vou fazer hoje. Eu evito dizer que a Prego seja um fanzine, apesar de carregar muitas características de tais publicações. É uma revista que mescla quadrinhos com as diferentes formas de artes visuais: colagem, pintura, fotografia... Ela tem preferência pela sujeira, pelas fotocópias, pelo esquisito, pelo ruído, pelo traço torto manual e pelos trabalhos autorais, mas, mesmo assim, acredito que seja mais que uma publicação de arte. É um projeto mutante que pode aparecer em diversas manifestações artísticas, seja nos quadrinhos, na música, no cinema ou em qualquer outro suporte.

Colagem por Wamberto Silva. Prego #5
Entendi.
Em 2007 eram poucas as publicações independentes no Brasil, e 93,25% das revistas que tratavam do tema quadrinhos underground eram voltadas para o humor. Nunca quis fazer uma revista de humor, quis fazer uma publicação que focasse na experimentação gráfica, que usufruísse da sujeira estética que o preto e branco proporcionam. Estava rodeado de gente talentosa que não publicava em nada. Então, além de poder publicar meus próprios materiais, estava prestes a criar um espaço pra que outras pessoas legais também pudessem ter seus trabalhos publicados. Fora que eu queria ter uma revista impressa. Pra quem desenha, ver o material impresso tem outro significado. É muito diferente de ver o material na tela do computador (apesar de eu não anular as publicações virtuais), dá a impressão de que a coisa realmente existe no mundo, saca? Sempre penso que se rolar um blackout mundial, as revistas estarão espalhadas por aí.
E como funciona a relação com os colaboradores? 
Desde a número 1 escolhi os colaboradores a dedo. Eram amigos ou pessoas com que já tinha algum contato devido ao punk e já sábia do pontencial artístico deles. A partir da número três, criei uma espécie de convocatória para novos colaboradores, o que gerou o aparecimento de inúmeros artistas interessados em publicar na Prego. Atualmente, as pessoas me escrevem dizendo curtir a proposta da revista e que gostariam de publicar nela. Sou fissurado em ver novos trabalhos e, às vezes, entro em contato diretamente com algum artista que o trabalho tem a ver com a Prego, como foi o caso do Cezar Berje, que fez a última capa.
Eles recebem pra publicar na revista?
Não trato de dinheiro com os artistas, não há uma relação empregatícia entre a revista e eles. É algo como uma idéia que precisa de força. Tipo "se você tá a fim e acredita na idéia, entre no barco”. Tambem não há uma relação de editor filho-da-puta com os artistas, dou liberdade pra eles trabalharem, pois a maior parte das pessoas que se propoem a participar da Prego já sabem o tipo de coisa que queremos publicar e, com certeza, é algo que muitos não conseguiriam publicar em outros meios de comunicação – por diversos motivos, como, a 'caretíce' editorial que reina por aí. Mas é claro que rola uma curadoria e uma edição em tudo que é publicado, não entra qualquer coisa.

"Saudade", por Gabriel Goés. Prego #3

Fora isso, a Prego também se envolve em outros projetos, não?
A Prego tambem funciona como uma espécie de editora que intitulei como Prego Publicações e, esporadicamente, lança publicações relacionadas aos nossos colaboradores. Até hoje foram lançados: Ataque Fotocópia, Alex Vieira; Gente Feia na TV #1, Chico Felix; Split CD Morto Pela Escola/Naifa; Versão Alterada, Julio Tigre; Vulgar Manual, Guido Imbroisi; Ano do Bumerangue, Diego Gerlach; Quadro Negro Verde, Guido Imbroisi. E também participamos de algumas exposições, eventos e outras publicações relacionadas a artes visuais/quadrinhos no Brasil e no exterior.
Você apresentou a Prego numa feira em Portugal. Como foi lá? Impossível voltar daquele país sem uma história engraçada.
Participei da 19ª Feira Laica, que é uma feira de arte e publicações independentes organizada pela Associação Chili Com Carne. Fui muito bem recebido pelo Marcos Farrajota (que participou da Prego #5 e foi meu anfitrião), pela galera da Chili e pelos artistas que estavam na feira. Eu realmente tenho muitas histórias engraçadas dessa viagem, a começar pelo cara que colocou gasolina ao invés de gasóleo no carro quando seguíamos para Porto – ele nos fez parar na autoestrada por algumas horas, na chuva, esperando resgate da seguradora. Também vi shows de bandas legais, fiquei bêbado de vinho, comi muito bem e conheci gente de muitos lugares da Europa que se interessou pelo nosso trabalho (Portugal, Espanha, Eslovênia, Itália, França, Finlândia...). Sair da noite do Porto e se deparar com gaivotas brancas na rua ao invés de pombos podres foi bem legal também.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

II UGRA ZINE FEST

Senhoras e Senhores, o maior evento sideral de zines!!!