terça-feira, 26 de outubro de 2010

Desenhista francês Killoffer na Paraíba!

 O seminário Quadrinhos: reflexão e paixão, organizado pelo Mestrado em Comunicação da UFPB em parceria com a Aliança Francesa, traz este ano o quadrinista francês Killoffer, um dos fundadores da editora independente L'Association e um de seus autores mais expressivos. Killoffer participará entre 2 e 4 de novembro com exposição, conferência e lançamento de álbuns, dos quais uma edição especial de seu trabalho produzido pela Marca de Fantasia.
Entre os dias 2 e 4 de novembro de 2010 o quadrinista francês Killoffer estará apresentando sua obra na Paraíba. Sua presença faz parte do seminário “Quadrinhos: reflexão e paixão”, organizado anualmente pelo Núcleo de Artes Midiáticas do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPB, e que conta nesta edição com a parceria da Aliança Francesa de João Pessoa . O objetivo do seminário é mostrar a diversidade de expressão e conteúdo dos quadrinhos e servir de esteio para os estudos acadêmicos no campo da Graduação e da Pós-Graduação.
Este ano o evento acontecerá em duas fases: a primeira, com a presença de Killoffer; e a segunda, ainda em novembro, com o enfoque acadêmico. Esta segunda fase promoverá o debate sobre os modos de produção e circulação das publicações independentes, sobre o fazer editorial e as perspectivas de consolidação de seus projetos. Nesta seção, que contará com a participação de alguns editores independentes do Nordeste, será discutida a produção impressa, mas sem negligenciar as propostas dirigidas às publicações digitais. Também farão parte dessa seção a apresentação de artigos e pesquisas desenvolvidas por alunos ligados ao Mestrado em Comunicação, bem como do Curso de Comunicação em Mídias Digitais e de Comunicação Social.
A primeira etapa do evento contará com a ilustre presença de Killoffer, um dos mais renomados autores dos quadrinhos franceses. No dia 2 de novembro haverá a abertura do evento com a presença desse autor, com a exposição “Ils rêvent le monde: images sur l'an 2000 (Eles sonham o mundo: imagens sobre o ano 2000), organizada pela Aliança Francesa. A exposição faz uma viagem fantástica pelos mundos possíveis e imaginários vislumbrados por diversos autores franceses, incluindo Killoffer.
Com a vinda de Killoffer, a editora Marca de Fantasia lança a versão brasileira de um de seus álbuns, originalmente editado pela editora independente L'Association. Trata-se de “Quando tem que ser” (Quand faut y aller), que reúne várias fases do trabalho do artista. Trabalho expressivamente autoral e autobiográfico, a obra de Killoffer se destaca no cenário dos novos autores franceses, com uma obra visceral e inovadora. Killoffer é um dos fundadores de L'Association, o mais importante grupo editorial da França, cuja proposta investigativa e renovadora tem ganhado repercussão em todo o mundo. É lançamento dessa editora o trabalho de Marjane Satrapi, com o enorme sucesso “Persepolis”. O lançamento do álbum de Killoffer ocorrerá no dia 3 de novembro às 19h, na livraria especializada Comic House, ocasião que contará com seção de autógrafos pelo autor.
Fechando a primeira fase do evento, Killoffer fará conferência sobre o trabalho de L'Association, descrevendo o modo de produção da editora independente e as perspectivas desse projeto editorial frente ao mercado. O encontro ocorrerá no Zarinha Centro de Cultura no dia 4 de novembro, às 19h. Todos os eventos terão entrada frança.
A vinda de Killoffer não teria sido possível sem o empenho incondicional da Aliança Francesa de João Pessoa, bem como o essencial apoio do Escritório do livro da Embaixada da França e de L'Association. Contamos também com a participação efetiva do Núcleo de Artes Midiáticas do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPB, da livraria Comic House, de Zarinha Centro de Cultura e da editora Marca de Fantasia.
Evento: Quadrinhos: reflexão e paixão  
2 nov. 2010 / 19h – Exposição “Ils rêvent le monde”
Aliança Francesa (Av. General Bento da Gama, 396 – Torre, tel: 3222 6565)
3 nov. 2010 / 19h – Lançamento do álbum “Quando tem que ser”, de Killoffer
Comic House (Esquina 200, av. Négo, 200, Tambaú, João Pessoa, tel. 3227-0656 )
4 nov. 2010 / 19h – Conferência com Killoffer
Zarinha Centro de Cultura (av. Négo, 140, Tambaú, João Pessoa, tel. 4009-1111 )

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

PEDRO DE LUNA!

Pedro de Luna, é torcedor do Fluminense (eca!), Rockeiro Casca Grossa de Niterói e fanático por quadrinhos!
Recentemente deu uma entrevista aqui na Meu Herói! Só fortalece o bonde!!!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

terça-feira, 19 de outubro de 2010

THE SPERM WAILS!


Sobre o The Sperm Wails:

Sperm Wails The Golden Age of Carry On   (1987) [Single]

'Lady Chatterley's Habit'

Actually from the Fridge Freezer various artists EP. What a labeller would label 'pigfuck'. Similar to World Domination Enterprises, only with harsher drumming!
Retirado daqui: http://rateyourmusic.com/list/yourscience_mysound/death_to_trad_rock


The Sperm Wails -- The Golden Age Of The Carry On

Obscure lost single of noisy UK post-punk avant-pop skronk. Spurt Records, 1988. Both songs on here are pretty incredible, this release could have been on Ron Johnson.
Tirado daqui: http://ampnoise.blogspot.com/2009_11_01_archive.html


Este texto abaixo foi tiriado daqui ó http://phoenixhairpins.blogspot.com/2008/03/sperm-wails-flexi127.html

Sperm Wails - flexi/12"/7"

Let's start the new month with some noisy stuff.
Sperm Wails were from London. Couldn't find much info on the band but if you dig the bands on Ron Johnson then I think you'll like Sperm Wails as well. I think they shared the stage with bands from that 'scene'.
All records were released on their own Spurt Records. There is a mention of a fourth release, a 2-track 12". Searched the net for it but nothing came up so I think it wasn't released.
Drumster Elvina Flower later played for Headbutt and is now in Hot Pant.
The 'The Golden Age Of The Carry On' 7" comes on white vinyl and contains a booklet on Carry On films.
No dates mentioned on the records but all were released in the late 80's.

Found this song on YouTube from the Shelter video compilation. This song doesn't appear on any of their records but can be found on the Fridge Freezer comp. 7" which I will post later.
Comentários:

19 comments:

said...
i remember watching this video on youtube and going nuts!!! this is really great :D thanks for this post. i was looking for more stuff of this band and now, thanks to your lovely blog, i am able to listen to them. many thanks! just now i am going to download it... noisy time today :) love, edu
Anonymous said...
many thanks. good band, i saw them play with (the even better)playground in camden way back when.
said...
Glad I could help Jove Moix. I made a link to your blog as well. I have one 7" of Playground (Seeking The Truth). Haven't played it for years so I need to check it out again.
said...
many thanks curious guy! been following your blog since quite a few time ago. guess i started when you posted the wonderful first single by uk decay -gosh, car crash is such a jewel!- and downloading almost anything on it. don't know why i didn't write you before saying how pretty amazing is your blog :o gosh, can't believe you did a link to jove moix blog -it's sooo amateurish... keep blogging and doing so lovely project! lots of love, edu
Anonymous said...
playground failed to capture their essence on record & the seeking the truth 7" is not great. not until they became splintered did they really find themselves.
Anonymous said...
great band..^^ Thanks.. your blog it's awesome!! always the best bands. I been looking for music of the germany band Gosthing and i don't have lucky. Do you have any 7"? well.. thank you kisses Lucciana
English Paul said...
Nice One Curious - saw these guys (and gal) several times including support slots with The Telescopes, Sonic Youth, My Bloody Valentine, Live Skull, The Membranes and the mighty Silverfish. How's about some Silverfish or Th' Faith Healers ?
said...
Lucciana, never heard of Ghosting. I may ask Fritz about it. English Paul, thanks for the comment. Sorry don't have any Silverfish. Don't have any Th'Faith Healers on record as well but I found their Too Pure releases on Emusic.
coach_mcguirk said...
What a magnificent band this lot were. And thank you SO much for posting the flexi - I have the 12 and the 7, but I've never found the flexi in good condition or for a decent price. And I would be forever grateful if you posted Lady Chatterley as well, which is gloriously demented. Thanks again! Ant
Fritz die Spinne said...
Hey CG, cool. I've got to look and see what I have on this band. May be that single you need. Lucciana, I have a CD by Ghosting. Sort of reminds me of those nightbreed UK bands of the 90's.
Phil Long said...
I'm pretty certain the "Carry On" single came out in late 1987 - I bought a copy in Camden that Christmas.
Anonymous said...
http://scripts.mit.edu/~jonb/playlists/pl_search.php?field=artist&key=Sperm%20Wails here written The Golden Age Of The Carry On & Boy Hairdresser released in 1989 ;)
said...
Awesome stuff! I've still got all this stuff stashed away on original vinyl (& flexi!) but it's g.r.e.a.t. to finally be able to hear it all on my iPod (fantastic bus jurney listening!). Never managed to see them live sadly, I wonder if anybody has any tapes...?
Anonymous said...
Somewhere have a tape full of unreleased tracks, awesome stuff gutted as no idea were it is also have their 1st release which was a a tape that had a track called Guitar beater? which is exactly what steve used to do - this was before Elvina joined as a drummer might try and find them in the new year now.......
said...
Sounds interesting. Let me know if you've found the tape.
Anonymous said...
Will do!
Anonymous said...
Heard they're releasing a new single soon !
Anonymous said...
Just seen a live gig of Sperm Wails on youtube. Excellent! Por fim, comentário de Rob Chester:
Hey buddy! Look – ROBBY CHESTER AND HIS BLOWHOLE!!!!
This was recorded at the legendary Hope & Anchor – very famous London punk venue!!
E ei o show:

Blowhole - Experiment No 1





BlowHole é o novo nome dos ex- Sperm Wails. No final da década de 80 se tornaram quase famosos  (almost famous) quando excursionaram fazendo abertura em terras da rainha para bandas americanas como Sonic Youth e Mudhoney.
Este Show acima é deste ano e que retornam sob o nome BLOWHOLE.
CUM´ON SEE THIZ!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

FÁBIO TATSUBO: AMIGO DOS ZINES!


ENTREVISTA FÁBIO TATSUBO

Onde você nasceu?
- Santos, 25 de agosto de 1973

Como foi o seu primeiro contato com as historias em quadrinhos?
- A lembrança mais remota que tenho, são os mangás que meus pais e a minha família trouxeram do Japão. É uma lembrança bem vaga, mas marcante em função de eu ter pintado as revistas e um dos meus primos, dono das revistas, surtou quando encontrou os mangás todos riscados. rs

Em que momento você começou a perceber as HQs como um universo de vários gêneros (humor, ficção, heróis,) e qual você se identificou mais?
- Quando criança, sempre li muito e de tudo. Na década de 70 e 80 as bancas de jornais eram as únicas fontes de entretenimento para as crianças. A TV tinha pequenos horários para os desenhos, ainda não existia video game, DVD e computador. Desta forma, todos os dias ia para banca saber se tinha algum gibi novo. Foi durante este período que percebi que os gibis tinham diversos tipos de personagens e histórias, e cada dia me identificava com um gibi diferente, até chegar uma nova revista na banca. rs

Quais os artistas que te influenciaram ontem, que te influenciam hoje e que te influenciaram sempre?
- Depois de ler de tudo do circuito comercial, chegou um momento que as histórias já não me envolviam mais, talvez por matarem personagens e depois ressuscitarem, acabar com o universo e depois recriar, ou talvez, porque as histórias nunca terminavam.... Na década de 80 comprei a revista Chiclete com Banana e trouxe um novo caminho, personagens, enredos que eram diferentes de tudo que havia lido, logo depois conheci o trabalho do Neil Gailman, com Sandman, e abriu uma nova perspectiva de roteiro, linguagem e estética. Neste mesmo período, conheci os fanzines, onde pude descobrir autores nacionais, com suas propostas libertárias, sem vínculos com o mercado comercial, pensamentos rápidos, diversidade de estilos, temas e formatos.

Quando você pensou:- Ei! Eu também posso desenhar quadrinhos?
- Foi no ginásio, com os trabalhos escolares. O que me rendeu o convite para desenhar para um fabricante de skate de São Vicente. E foi nessa época que decidi não desenhar mais, achava meu desenho ruim e gostava mais das etapas de produção das HQs do que desenhar.rs Desde então, comecei a trabalhar em outras setores como: roteiro, colorização e edição.



Como é seu processo de criação, matériais, procedimentos...
- O princípio de tudo é a pesquisa. Meus trabalhos são em sua maioria adaptações da história do Brasil para as HQs. A pesquisa dá o cenário e as situações, a criação de personagens gera a forma de contar a história e define a linguagem estética, se é mangá, cartoon ou heróis. Sempre trabalho em equipe, encurta o tempo de produção e agrega conhecimentos no resultado final.

O espaço onde você vive, seja no litoral ou na capital paulistana, interfere em algum momento no seu trabalho autoral?
- A Baixada Santista conta com muitos desenhistas, profissionais vencedores de salões, outros que desenham para editoras estrangeiras, o Fábio Yabu que produz As Princesas do Mar, e de certa forma, todos se conhecem e alcançaram seus objetivos individualmente. Sinto que às vezes falta um incentivo como o ProAC, dentro da nossa realidade regional para que ele interferisse mais.

Entedo seu a música, a musa das musas. Existe algum tipo de sonoridade no seu trabalho, mesmo que subjetiva? A música influencia o teu trabalho de alguma maneira?
- A música sempre está presente. As histórias em quadrinhos apesar de ser uma mídia impressa, dá sensações sonoras com os tipos de balões, letras e onomatopéias. Já no processo de produção é a trilha sonora daquele momento.

Como começou a sua relação com os fanzines? Já chegou a editar algum?
- O fanzine veio como opção de leitura. Logo percebi que era uma forma viável para expor idéias e experimentar linguagens, diagramação e conceitos. Produzi muitos fanzines como: Descarga (com distribuição em banheiros de bares das faculdades), Bidê (que era contra o Descarga), a Democracia Musical (formato capa de CD), muitos revistas que eram só para ser um zine e registrar o trabalho acabaram sendo publicadas como revistas: Hipupiara - O Demônio das Águas (lenda folclórica da região), Piratas e os Sinos de Bronze de São Vicente, A Ira das Águas (maremoto que destruiu a primeira Vila de São Vicente), entre outras revistas.

Pelo seu trabalho, percebe-se que você é um artista versátil. Existe outra linguagem que você goste de trabalhar como vídeo, grafitti ou performance?
- Sempre trabalhei com produção gráfica, editar fanzines me ajudou muito e abriu portas para novos conhecimentos: jornalismo, música, teatro, grafiti, vídeo. Quando fui Diretor da Cultura em São Vicente, de repente, tudo que havia  produzido na década de 90 estava sendo colocada à prova e pude desenvolver projetos que integravam as modalidades e interagiam com a comunidade. Participei da produção de dois curtas de animação (um foi uma vinheta para a TV local e outra o curta 'El chateau', premiado no Curta Santos), fui produtor executivo da Encenação da Fundação da Vila de São Vicente (com 1.000 pessoas no elenco, 10.000 de arquibancada e 300 de técnicos), implementei o processo continuado das Oficinas Culturais, realizamos o projeto 500 Anos de Brasil em Quadrinhos (que rendeu o HQ MIX 2000), desenvolvi o projeto Ler é Legal! (projeto de incentivo a leitura por meio de ações culturais na Biblioteca Municipal. Prêmio Prefeito Amigo da Leitura/Secretaria de Estado da Cultura), Sessão Animê, e outros projetos e campanhas educativas.

Voce atua junto ao terceiro setor? Fale do projeto Amigos da Cultura e se este projeto tem alguma relação com a arte e educação.
- A Associação Amigos da Cultura é fruto desta ação cultural realizada na região. É a arte como ferramenta de transformação social. As experiências dos projetos Oficinas Culturais e Arte na Periferia onde o resultado do trabalho desenvolvido em sala de aula se transformam em espetáculos, coreografias, projeções e exposições. Dá a oportunidade do morador de se tornar protagonista do show que a própria comunidade é parte integrante.
Mantemos um site que é o portal de notícias da agenda cultural do Litoral Paulista, um espaço para o artista divulgar seu trabalho sem restrições. Participamos ativamente de projetos culturais da região, além de ser a representante de diversos grupos de arte em editais públicos e privados, convênios e festivais.

Para você como é trabalhar com juventudes? A escola (e seu desdobramento, a academia) é o único espaço de privilégio do conhecimento ou existem outras vias?
- Realizei muitas oficinas de produção de histórias em quadrinhos nas cidades da Baixada Santista e Interior do Estado de SP, sempre tive um resultado que no encerramento, os pais me agradeciam e me questionavam, como o filho mudou, que estava mais motivado, disciplinado e dedicado a descobrir mais. Minha resposta sempre pareceu óbvia: quando o aluno escolheu o curso, em sua maioria, veio porque queria, não foi obrigado. Bem diferente que a escola. Na oficina ela descobre que tudo que está aprendendo na escola é fundamental para fazer histórias em quadrinhos: Língua Portuguesa, Artes Plásticas, Matemática, História, Geografia, trabalho em grupo, caligrafia, organização da idéia, síntese e objetividade. Quando se faz o que gosta, se faz com alegria e sempre sai caprichado.
A escola é o equipamento mais próximo do convívio da comunidade. Desempenha seu papel dentro de uma limitação técnica e operacional. Houve tempos como o projeto Escola da Família da Secretaria de Estado da Educação/Governo do Estado de SP que abria as portas para a comunidade, a quadra era ocupada por cursos e campeonatos esportivos, as salas com oficinas de artes. O projeto proporcionou um outro tipo de relacionamento com os moradores, os participantes vinham porque queriam, sem obrigatoriedade, e sim com a relação agradável de aprender brincado.

Como foi a idéia da exposição de fanzines. Como foi a parceria junto aos Sesc e prefeitura?
- A proposta surgiu com o objetivo de fazer a catalogação anual da produção nacional de HQs independentes e criar um acervo permanente dos fanzines. Uma biblioteca de fanzines, onde o público pode conhecer os trabalhos produzidos no País e que não está no circuito comercial. Se a maioria dos gibis que encontramos nas bancas são produções estrangeiras, com exceção de Maurício de Souza e da Fábrica de Quadrinhos (que publicam na Marvel e DC) o quê e como o desenhista brasileiro está produzindo.
- A Prefeitura de Santos por meio da Secretaria da Cultura me fez o convite para reativar o projeto, proporcionando estrutura e local para as ações, uma parceria que vem trazendo resultado positivos para a Gibiteca Marcel Rodrigues Paes, que vem tornando o poló centralizador das ações voltadas para as histórias em quadrinhos na região. Já o Sesc é um importante parceiro para os artistas independentes, talvez o único local onde é possível levar projetos e ter a certeza de que vai ser lido com critérios práticos.
- Neste ano, a catalogação está recebendo revistas de alta qualidade gráfica, formatos criativos e muitos fanzines publicados e ainda desconhecido do grande público. O projeto busca preservar a produção autoral, para catalogar seu trabalho não é necessário que seja inédito. Logo estaremos postando as capas no blog.

Os fanzines são de papel ou podem ser eletrônicos?
- Os fanzines ficaram conhecidos pelo formato da impressão em papel sulfite por copiadoras, o meio mais barato para imprimir uma revista. Mas este formato é apenas uma mídia, um meio para publicar idéias e divulgar pensamentos. Na essência o fanzine é libertário, o autor cria sua linha editorial, define os temas, corre atrás de investidores e divulga por conta própria. Com os novos equipamentos de impressão, muitos autores optaram pela qualidade gráfica, alcançando o nível das graphic novels. Normalmente, detestam que chame seu trabalho de fanzine e sim de revista independente. Com a popularização da Internet, os blogs e sites se tornaram, pra mim, uma nova mídia para os zines. Na essência: o pensamento livre e criativo.


Os fanzines falam de autonomia. Fazer fanzine é um gesto político?
- Os fanzines são os pensamentos e a criatividade livre. É o exercício da democracia na sua plenitude.