terça-feira, 30 de agosto de 2011

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

CANDELÁRIA NELAS ou ELITE RAIVOSA!

‘Candelária nelas’

Matheus Pichonelli 27 de agosto de 2011 às 9:03h Megaexposição de casos envolvendo crianças funciona, vira espécie de reality show, e raivosos (ofendidos) se manifestam para cuspir ignorância e sugerir novas chacinas
Ninguém gosta de ser roubado. Ninguém gosta pagar impostos e topar com ineficiência da gestão pública que nos empurra a contratar serviços de saúde, educação e segurança particulares, embutidos nas travas do carro blindado de fechamento automático, do alarme do portão de casa, nas cercas elétricas, de arame farpado ou cacos de vidro juntados no muro, nos vigias contratados pela direção do condomínio, da escola dos filhos, do prédio do escritório ou da balada.
É revoltante descer do carro e reencontrá-lo, minutos depois, riscado, amassado, estourado, sem o aparelho de som. Ou voltar para casa e se deparar com a porta arrombada, o armário revistado, limpo. Ou sentir algo escapar dos bolsos ou das mãos durante um passeio apressado após um encontrão previamente estudado por alguém que acaba de fugir com seu celular, ou iPod, ou carteira, ou boné.
Dizer tudo isso não é nada mais que babar no lugar-comum. Mas é necessário que se diga: na semana retrasada, manifestei, por aqui, certo desconforto com o tratamento dispensado a um grupo de garotas que promoviam arrastões na região da Vila Mariana, em São Paulo. Chamava a atenção a falta de cuidado da própria mídia, especialmente a televisiva, que, sabendo dos medos contidos na população, pintava as meninas como ponto nevrálgico dos distúrbios de toda ordem pública de uma cidade de 11.253.503 habitantes.
A ideia era apenas chamar a atenção para a desproporção da revolta da opinião pública diante do caso. Pensava, e ainda penso, que os motivos não eram outros se não uma manifestação de classe. Porque a rua é, e sempre foi, o espaço de transgressões, tanto pelo filho do rico como para o filho dos pobres. Só que somente um deles é chamado de “marginal”. Somente um deles é convidado ao extermínio. Somente um deles é visto como câncer moral. Diante de uma câmera de tevê, a mãe de uma das meninas da “gangue”, aparentemente mentora dos crimes, foi flagrada lamentando que a filha havia marcado bobeira por ter voltado ao lugar do delito.
Leia também:
‘Gangue das meninas’ leva pânico à elite raivosa

‘Mulheres desonestas’ no banco dos réus

Rebeldes, mas não ‘ladrões’

A exploração, a esperteza, a ideia de se dar bem a todo custo acabava de ganhar um rosto, uma representante. Sabendo disso, as emissoras de tevê apostaram no tema e criaram o que pode ser considerado um case. Voltaram às ruas e divulgaram novos flagrantes, desta vez de depredações. Cena 1: um grupo de crianças invade um hotel, na região da Paulista, rouba uma carteira, e corre. Cena 2: elas são encontradas pela polícia. Cena 3: são levadas para o encarceramento. A sede do conselho tutelar não tem grades, mas a tática é a mesma: câmeras posicionadas para mostrar a reação delas ao serem enjauladas numa sala. Cena 4: elas se revoltam e arremessam objetos contra as câmeras. Numa das cenas, um garoto é levado pelos braços por um policial. Caminhava até calmamente até que, de novo, é alvejado pela câmera. E tome voadora contra o paparazzi. Numa das emissoras, a repórter chega a se queixar do deboche das crianças ao se verem expostas numa Kombi e mostrando os dedos para a equipe. Ultrajante.
A insistência no assunto deu força, mais uma vez, a toda espécie de discurso pró-extermínio.
Nunca é bom duvidar do quanto a ala raivosa da elite nacional (é preciso soletrar ou desenhar: nem toda a elite é raivosa) é incapaz de compreender o preço pago por tratar como animais grupos historicamente marginalizados. Nem do potencial destruidor de suas (nossas) ações ao incentivar ou se omitir diante do subemprego, dos maltratos, das remoções que empurram populações inteiras morro acima. Ou quando ignoramos os abismos de oportunidades que são negadas a determinados grupos que não tiveram acesso a determinados luxos. Como tomar banho.
Muitos, ao lerem o texto da semana passada, chatearam-se com o termo “elite raivosa” do título. Responderam com mais raiva. E, nos comentários do artigo, espaço criado para apimentar o debate, pintaram sua autocaricatura. Nada demais: o ódio, nesse caso, é apenas construção de um inimigo que justifica nossos medos. No caso, o de sair às ruas e correr o risco de perder muito do pouco que se tem, que se acumula; o pouco do muito que garante a sensação de dignidade. “Pois pagos meus impostos.” “Pois trabalho feito louco.” “Pois sou um consumidor lesado.” Como se, de novo, as obrigações financeiras (que já chegaram à favela, diga-se) fossem salvo-conduto para alargar ainda mais o fosso em relação a essa “gentinha diferenciada”. Fosso que dá a garantia para se viver vidas sem-graças, trancadas nos cadeados do próprio medo e hipocondria. Morrendo um pouco a cada dia. E acreditando que, eliminando uma dúzia de crianças de rua, e a mãe delas, estarão a salvo de vidas sem sentido, do medo do fracasso, da perda, da opressão; do fim, enfim.
É um direito delas viver assim: sem entender para que trabalha e paga tantos impostos, afinal. Mas a brincadeira, um dia, perde a graça. Na quarta-feira 24, um dos raivosos resolveu dar sua contribuição para o debate democrático. Em sua manifestação, disse ser até favorável à ressocialização das meninas. Mas que, se reincidissem, “Candelária nelas”. A referência à chacina, ocorrida no Rio de Janeiro, em 1993, talvez recebesse aplausos se não fosse devidamente removida. O episódio resultou na morte de seis crianças, moradoras de rua que dormiam perto da igreja. Os motivos da chacina até hoje é desconhecida. E nada indica que estamos longe de uma versão paulistana do episódio.
Foi só por temer novas Candelárias (e novos partidos nacional-socialistas que pregam o resgate da dignidade de uma população para defender a destruição de outra) que decidi voltar ao tema. E reforço o que disse há duas semanas: as crianças não são o problema. O crime, sim, é um problema. E o é independentemente de classes e gênero. Como é a impunidade. E como é o apelo a soluções fáceis, higienistas, preguiçosas até, que sempre aparecem nessas horas de aparente descontrole.
Sim, vamos ao chavão: a classe média, como todos, tem direito de reivindicar segurança, educação, saúde e assistência. Tem direito de andar nas ruas sem sobressaltos. E de viver livre, como bem entender. Mas não é só ela que trabalha. Não é só ela que dá duro. Não é só ela que paga impostos. Trabalhar, dar duro ou pagar impostos dá a ela direito a uma série de reivindicações, menos o de pedir o direito de se viver num país segregado, onde a polícia e o Estado detêm o monopólio da violência, mas só podem descarregar suas armas em alguns – os “diferenciados”, sejam eles inocentes ou não, sejam seus crimes puníveis ou não.
É direito de todos pedir e lutar por um Estado mais justo, mais bem preparado, que encaminhe soluções definitivas para a criminalidade. Mas a questão, como lembrou a socióloga Helena Singer, em recente artigo para o portal O Aprendiz, passa pelo fortalecimento das próprias instituições. Algumas pessoas não sabem, mas política também se faz fora de Brasília. É feita também nos bairros onde são instalados conselhos tutelares. Se são insuficientes, podem ser rediscutidos, repensados, remodelados. A participação é bem-vinda, inclusive. É um caminho mais nobre, e mais interessante, do que enjaular as crianças, enfiar câmera na cara delas e esperar que rosnem para aumentar a audiência ancorada no medo da própria sombra de quem assiste.

domingo, 28 de agosto de 2011

ZINEIROS E MZK DJ NA CHOQUE CULTURALLLL!

Queridos amigos!
Amanhã, dia 27 de agosto, os fanzineiros irão invadir a galeria Choque Cultural com mais um encontro. Organizado pelo artista plástico/grafiteiro/zineiro Daniel Melin que encerra sua mostra individual Novos Planos. Pra variar, estarei lançando a edição 28 do Aviso Final zine (sim, aquela com a Monalisa punk na capa!). Grande oportunidade para conhecer o acervo da Choque. Discotecagem em compacto de vinil com o MZK. Grátis, 15:00 horas. Rua João Moura, 997 - Pinheiros - São Paulo. http://choquecultural.com.br/
Abraços!
Renato Donisete

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

MAIS UM NEBLINA: BIBLIOTECA DE BOLSO




Olá,

convidamos todos para o próximo evento do neblinaº, que irá acontecer dia 28 de agosto, no domingo, de 17h às 22h.
Neste mês a artista Luciana Paiva vai apresentar seu projeto Biblioteca de Bolso e falar um pouco sobre a produção de livro de artista. Para agregar ainda mais sobre o assunto, o artista Vijai Patchineelam também falará um pouco de suas experiencias.
Além disso, a Biblioteca estará aberta para receber publicações de artistas com o formato máximo de 12 cm x 12 cm. Quem quiser mais informação sobre o projeto de Luciana entre no blog: http://bibliobolso.blogspot.com/

"A Biblioteca de Bolso é um projeto portátil que reúne publicações de artistas no formato máximo de 12 x 12 cm. O projeto teve início em 2010 sendo apresentado pela primeira vez na exposição Obra Inventário em Brasília. Atualmente o catálogo da biblioteca é composto por 23 itens. As participações são colaborativas e o projeto não visa a comercialização dos trabalhos, apenas sua divulgação e itinerância."

***O evento vai começar na hora!!! Cheguem cedo para participar da 'palestra'!!!!!!!
*Como sempre, quem quiser, traga bebidas e comidinhas...

Abraço

terça-feira, 23 de agosto de 2011

RAFAEL ADORJAM NO CENTRO CULTURAL SÃO PAULO!!!


Rafael Adorján – HI-FI
II Mostra do Programa de Exposições
Centro Cultural São Paulo (CCSP)
27 de agosto a 23 de outubro


O fotógrafo e artista visual Rafael Adorján apresenta seu mais recente projeto, a série de fotografias HI-FI, na II Mostra do Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo. Neste trabalho o artista cria uma obra única a partir da relação de duas grandes afeições: fotografia e música. São fotos em formato de capas de disco e rótulos de LPS. Os títulos podem ter uma relação direta com alguma música ou, simplesmente, uma relação pessoal, pois não se trata exatamente de releituras de álbuns conhecidos. O efeito da união dessas afinidades ultrapassa o impacto visual e toca outros sentidos.

Fascinado por capas de discos que estampam apenas fotografias, sem legendas ou textos, Adorján iniciou uma busca de imagens que transmitissem uma desejada atmosfera sonora. Passou a fotografar paisagens urbanas, flagrantes e cenas construídas em que buscava a poética necessária para dali germinar as capas dos discos de suas músicas imaginárias. “Imagens de natureza mais etérea podem trazer muito mais significado à sonoridade presente naqueles sulcos”, afirma o artista.

O proposital formato quadrado das fotos, exibidas em aproximadamente 12 polegadas é uma relação direta com os antigos discos. Hoje o disco é apreciado como raridade e referência de qualidade, tornando-se objeto de culto e admiração. É exatamente nesse culto que Adorján mergulha suas lentes. Por isso mesmo, o formato escolhido para a exposição da série HI-FI sugere e permite que o espectador possa manusear as fotografias, como se estivesse tocando a sua própria coleção de discos. As ampliações estão protegidas com o envelope plástico geralmente usado para conservar LPs e dispostas em pequenas prateleiras como suporte. O verso de cada foto traz a mesma imagem, invertida e em negativo, uma alusão às contracapas dos antigos álbuns.

Ao tornar-se objeto, as fotografias estimulam os sentidos além da visão, chegando ao tátil, ao auditivo e ao que mais houver dentro do universo pessoal de cada espectador.

A série HI-FI - parte dela já apresentada na exposição coletiva Escuta da Imagem, dentro da programação FotoRio - pode ser vista também no blog do artista que discorre sobre a produção de cada capa, como uma espécie de "faixa-a-faixa" comentada dos discos.



Rafael Adorján
+ 55 21 8852 8226
skype rafael.adorjan

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

ANDERSON SIL VS. Chael Sonnen


Humildade e coragem são nossas armas pra lutar!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

UB40 & Afrika Bambaata - Reckless

VOCÊ NÃO CONHECE O MUNDO POR DENTRO!




Somos filhos da desordem, um exércto sem lei, estamos unindo nossas forças, pra destruir você$!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

ATABAQUE ELETRONICO



Marilia Gabriela entrevista Mr. Catra!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Lançamento HOJE na Blooks!

A Blooks tem o prazer de anunciar o lançamento do Espaço Arte Urbana com10 jovens talentos para exposição e venda de suas obras.
A escolha dos trabalhos é assinada por Elisa Ventura e Ruan D´Ornellas, que também tem peças incluídas no catálogo.

Os Artistas:

ANA LUISA FLORES (Volta Redonda/RJ)
JULIA JACOBINA (Rio de Janeiro/RJ)
JULIO FERRETI (Rio de Janeiro/RJ)
LARA MIRANDA (Macaé/RJ)
LUIZA CASCON (Rio de Janeiro/RJ)
LUIZA STAVALE (Rio de Janeiro/RJ)
MARIANA MOYSES BINDER (Rio de Janeiro/RJ)
ROGERIO FERNANDES (Belo Horizonte/MG)
THADEU DOS ANJOS (Rio de Janeiro/RJ)
THAIAN BHERING (Rio de Janeiro/RJ)

domingo, 14 de agosto de 2011

faanzineiros do seculo passado




Faleceu na sexta-feira 12 de agosto de 2011, Marcos Oliveira, produtor da Feira de Vinil do RJ

Na última sexta-feira, 12 de agosto de 2011, faleceu de ataque cadíaco, Marcos Oliveira ( Spacecake Records/ Produtor da Feira de Vinil do RJ). O enterro ocorreu, ontem, sábado 13 de agosto de 2011 no Cemitério do Irajá as 14hs. Amigos e parentes estiveram presentes.
René Nascimento, primo do Marcos de vive em NYC, enviou uma 'Carta de Adeus' ao seu primo - a qual reproduzimos abaixo. Muitos amigos deixaram mensagens em seu FB. A familia agradece todoss telefonemas e demonstrações de afeto. Marcos deixará muitas saudades e um vácuo na produção cultural do Rio de Janeiro.
Produtor independente, amante da boa música, do vinis, da cultura de "pros e contras"  e da amizade compartilhada AO VIVO ! Marcos foi um filho e irmão exemplar. Um amigo querido para muitos.
Uma inspiração para todos que conviveram com ele.
Desejamos paz e perseverança para sua família e todos seus amigos.
Galera da Feira de Vinil !
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ADEUS AO PRIMO MARCOS
Da turma dos fanzines e vinis.
Meu querido primo Marcos, mais um amigo que parte para dar assessoria  la de cima porque aqui em baixo esta russo.
E com profunda tristeza que comunico o falecimento do meu primo Marcos Oliveira vitima de um infarto ontem dia 12 de agosto no Rio de Janeiro.
Faco minhas as palavras de alguns dos seus amigos postadas no facebook:
" Foi alguem que fez a diferenca nesse pais. Alguem que batalhou, com todas as forcas, para mostrar muito mais do que musica, informacao ou (contra) cultura".
- Guilherme Bizarro
"Homem da musica, dos viniz, fa do Messer Chups, cultura pop. Idealizador da FEIRA DE VINIL do RJ (depois levou a ideia ao Mauricio Barato da Ribeiro e obteve apoio logistico para a empreitada pois era pessoa fisica, etc, e talz)"
- Henrique kurtz
"Tipo irmao mais velho, daqueles que te mostram as novidades, te influenciam, te mostra que o caminho e ser perseverante, que mesmo distante esta sempre perto, que te impulsiona a acreditar e lutar por seus sonhos, e apesar desse mundao louco se manter honesto e fiel"
- Sandro Machintal
"hoje nao te disse adeus amigao...estou muito certa que ainda nos veremos"
- Vanessa Soares
Deus esteja com voce Marcos, bom filho e irmao, paz e meu carinho eterno.
Meu amor e carinho a tia Ines e ao primo Luiz Paulo.
-  Rene Nascimento

Veja mais sobre Marcos e a Feira de Vinil nos links abaixo.

http://youtu.be/1ZOwoGjrM3k

MOZ


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

PÁSSARO IMIGRANTE - Mc iNDIGESTO ao vivo



O Rio de janeiro quer mc indigesto para presidente da cidade!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A GRANDE ROUBADA 2010


A Dos Anjos produções & oTTTo Galeria apresentam dois shows que ocorreram no inicio do ano de 2010 no evento “A Grande Roubada”. Para os que não estiveram nesta inesquecível noite, aqui está um fragmento desse evento para efeito de compensação. Para os que lá estiveram reviver é preciso.


IMPERDIVEL OTTO GALERIA EM MAIS UM EVENTO!