quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Linhas de fuga da Geração UPP



Duas coerções
estratégicas para calar
a discussão sobre
patrimônio:
1) o momento da prisão
de Caroline Pivetta
2) a limpeza do C.A.
do Instituto de Artes
da UERJ


1
O fato ocorrido durante a 28ª Bienal de São Paulo (em 2008) não parece ter sido vergonhoso o bastante para impedirmos que voltasse a ser repetido há poucas semanas, mesmo que em proporções menores. Quatro estudantes foram sumariamente delatados pelos seus próprios colegas em conselho departamental, após ter pichado as paredes e rasgado um dos estofados do centro acadêmico do Instituto de Artes da UERJ. O grupo sofreu, ainda, gravíssimas acusações de que “pareciam entorpecidos”. Não houve qualquer mobilização anterior pelos membros eleitos do C.A. para se convocar uma possível assembléia que pudesse discutir o tema. Por conta disso, não cremos que o tolo civismo de uma delação acrítica faça jus ao respeito e a dignidade patrimonial da coisa pública. E tais autores nem tinham a cabeça a prêmio nesse disque-denúncia...
Portanto, nós, integrantes da classe artística brasileira (nas suas mais variadas instâncias), manifestamos o nosso repúdio contra a falácia salvacionista dessa política de segurança pública que nos foi outorgada. Visamos corporeificar aqui, toda e qualquer posição de autoria sobre o nosso próprio desejo, vaiando solenemente a catarse do espetáculo midiático sobre a violência dos acontecimentos dos últimos dias no Rio de Janeiro.

“Não há nada pior do que fazer o bem.”
(Michel Mafesolli)

pOR pEDRO



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